2020 Nunca Mais: criadores de ‘Black Mirror’ comentam produção

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No último domingo (27), a Netflix lançou o mocumentário (um falso documentário) 2020 Nunca Mais. Descrito como um especial de comédia de final de ano, a produção foi concebida pela dupla Charlie Brooker e Annabel Jones, os criadores de Black Mirror.

Em um ano tão atípico e pesado, 2020 Nunca Mais buscou resumir os principais acontecimentos, desde o movimento Black Lives Matters, até as eleições presidenciais dos EUA, passando, é claro, pela pandemia do novo coronavírus. Para isso, locutores fictícios buscaram falar, de maneira bem humorada e estereotipada, sobre 2020.  Entre os participantes estão Samuel L. Jackson (um repórter), Hugh Grant (um professor de história), Kumail Nanjiani (um CEO de tecnologia), Tracey Ullman (Rainha Elizabeth II), Lisa Kudrow (uma porta-voz conservadora), e Leslie Jones (uma psicóloga comportamental).

Brooker e Jones conversaram com o THR para falar sobre a experiência de trabalhar em uma produção tão diferente de Black Mirror e, ao mesmo tempo, tão parecida.

“As pessoas disseram que este ano parecia um episódio do Black Mirror”, comentou Jones. “Pessoalmente, todos os programas que assisti foram saudáveis, inocentes ou engraçados. As pessoas definitivamente precisam de um alívio e espero que 2020 Nunca Mais seja isso para elas”.

Tracey Ullman como Rainha Elizabeth IITracey Ullman como Rainha Elizabeth IIFonte:  IMDb/Reprodução 

Brooker comentou que a construção do roteiro de 2020 Nunca Mais foi diferente do normal, pois tudo foi sendo construído aos poucos. No final, o processo de produção foi mais parecido com o de uma animação do que de uma série ou um documentário.

“Conversávamos no Zoom e [os roteiristas] mandavam frases curtas e esse tipo de coisa”, lembrou Brooker. “Então, o roteiro começou a ser montado e, bem cedo, começamos a montar uma edição que era quase como uma animação. Usamos fotos de pessoas e minha voz fingindo ser membros do elenco para montar uma versão muito grosseira para ter uma noção do material que você está recebendo, e então você planeja a filmagem de acordo. É mais como fazer uma animação ou um desenho animado CGI, em termos de roteiro”.

Os produtores também falaram sobre a dificuldade de escolher os principais temas e porque era importante não falar apenas de Trump.

“Eu sei que tem havido muita conversa recentemente sobre como é impossível satirizar Trump e de certa forma, você não precisa fazer isso”, explicou Brooker. “Nós apenas mostramos o que ele disse e fez”.

“Já que é para ser uma narrativa do ano — um resumo de todas as coisas que aconteceram neste ano louco e caótico — você não quer se aprofundar muito e fazer um ensaio para a televisão sobre um personagem em particular”, completou Jones.

Brooker encerrou falando sobre como é difícil saber como a pandemia irá afetar as produções futuras. Porém, ele acredita que nesse momento, as pessoas buscam por obras menos soturnas.

“Acho que é muito cedo para dizer como o ano que todos nós passamos afetará a narrativa como um todo”, afirmou Brooker. “Porque muitas vezes no passado, quando coisas terríveis aconteceram, você tem um ressurgimento de filmes de terror e coisas assim, onde é uma forma de processar as coisas. Mas concordo com Annabel que provavelmente há uma fome de escapismo. Não escapismo entorpecente. Mas provavelmente haverá uma demanda por material escapista engraçado e inteligente. E histórias de esperança, em geral. Contanto que eles não sejam paternalistas”.

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