25 anos depois, Quake ganha nova campanha e modo horda

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Recentemente comentei sobre como podemos estar vivendo a melhor época dos games e a cada dia que passa tenho mais certeza de que isso é verdade. Além da facilidade trazida pela distribuição digital, os próprios jogadores tem melhorado consideravelmente os títulos que mais gostam e mesmo as empresas têm revisitado vários de seus clássicos, como é o caso da Bethesda e o Quake.


Crédito: Divulgação/Bethesda

Tudo começou em agosto deste ano, quando durante a [email protected] foi anunciado que a Night Dive Studios cuidou de adaptar o lendário FPS, com ele chegando ao PC, Nintendo Switch, PlayStation 4/5 e Xbox One/Series. O melhor de tudo é que não se tratava de um mero relançamento, com a nova versão do Quake trazendo diversas melhorias.

Para aqueles que fossem jogar em um dos consoles da nova geração, seria possível encarar o título com uma resolução 4K e 120 FPSs. Porém, mesmo nas outras versões haveria ganhos, como por exemplo melhores texturas e iluminação, novos efeitos sonoros e anti-aliasing. Até mesmo suporte a cross-play tinha sido implementado, permitindo que o multiplayer fosse aproveitado mesmo por quem estivesse em plataformas diferentes.

Por fim, a MachineGames ainda ficou responsável por adicionar duas expansões à campanha principal, sendo elas a Dimension of the Past e a Dimension of the Machine. O trabalho sem dúvida foi uma bela maneira de resgatar um dos jogos mais importantes de todos os tempos, mas surpreendentemente eles ainda tinham mais algumas novidades sendo preparadas.

Quake

Crédito: Divulgação/Bethesda

Batizada como Update 2, o que esta nova atualização para o Quake traz é uma série de ajustes na jogabilidade e interface, como um melhor sistema de mira automática; a possibilidade de mudar a cor e o formato da mira; ou a adição de chat por texto e por voz no lobby pré-jogo.

No entanto, a grande estrela desta nova fase de adições é um modo onde teremos que sobreviver a diversas ondas de inimigos, o famoso modo horda. Contando com quatro novos mapas, neles haverá uma porta que só poderá ser aberta com uma chave prateada e para obtê-la será preciso derrotar inimigos bastante poderosos. A vantagem é que a sala guardará armas melhores e além disso, após sobrevivermos a nove rodadas seremos premiados com uma chave dourada, cabendo aos jogadores decidirem se preferem terminar a partida ali ou continuar encarando monstros cada vez mais difíceis de serem derrotados.

Embora se trate de um modo voltado para partidas cooperativas, com até quatro pessoas podendo participar, a MachineGames não esqueceu os jogadores solitários e se você não conseguir encontrar alguém para te ajudar, saiba que é possível adicionar bots ao jogo.

Já para aqueles que preferem uma experiência mais tradicional, a boa notícia é que esta atualização trouxe mais uma campanha ao Quake. Com o nome de Honey, esta é uma coleção de mapas criados em 2012 pelo level designer sênior da MachineGames, Christian Grawert. Para este relançamento o sujeito fez algumas melhorias e falou de onde veio a inspiração para o estilo visual dos mapas:

Uma grande inspiração foi uma viagem que fiz à Siena, Itália. O antigo centro da cidade tem algumas ruas muito estreitas cercadas por casas de tijolo surpreendentemente altas e parece bastante moderno, quase como locais industriais do século XIX.

Outra inspiração foram algumas áreas ao redor de South bank/Southwark em Londres, onde você também encontra grandes fachadas de tijolos que são escassamente decoradas, mas ainda assim lindas de sua própria maneira. O mesmo na área de Speicherstadt, em Hamburgo, Alemanha.

Mesmo sabendo que esse tipo de atualização acaba servindo como uma maneira de divulgação e que algumas cópias do jogo deverão ser vendidas por causa dela, não acredito que o intuito das pessoas envolvidas neste tipo de projeto esteja apenas na questão financeira.

Talvez eu esteja sendo muito inocente e enxergando apenas o lado positivo da história, mas para mim, continuar atualizando um jogo tão antigo — e que ainda por cima já se encontra no catálogo do Game Pass — acaba sendo uma bela demonstração de amor à franquia. Numa indústria tão criticada por só mirar em aumentar o faturamento das editoras, é muito bom ver que ainda há aqueles que se dedicam a manter os clássicos vivos e por isso, mesmo com tantas críticas a serem feitas em relação a algumas coisas, ainda prefiro comemorar o momento que os games vivem.

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