Cientistas americanos desenvolvem um modelo de prótese de braço com sensores que se ligam aos nervos do paciente para provocar nele novamente a sensação do tato. Uma espécie de bracelete é implantada no membro de forma a transmitir estímulos eletrônicos da prótese ao corpo. O dispositivo transmite estímulos eletrônicos da prótese ao corpo. Esses sinais posteriormente são repassados e codificados pelo cérebro em sensações. Cientistas criam prótese de braço controlada por cérebro mais avançada Prótese é capaz de devolver o tato a pacientes que perderam membro (Foto: Reprodução/BBC) Até agora, a tecnologia só foi aplicada nos membros superiores. O projeto está em desenvolvimento pela Case Western Reserve University, em Cleveland, nos Estados Unidos. Após um mapeamento de diversas estímulos e suas sensações correspondentes, um dos pacientes conseguiu distinguir 19 sensações diferentes ao redor da prótese, como a pressão que a pessoa exercia sobre determinado objeto ou a textura de diversos materiais. Os resultados, publicados na revista científica Science Translational Medicine , são animadores. Dois pacientes que utilizam as próteses com a nova tecnologia conseguem realizar tarefas delicadas, como separar as hastes de uma cereja. saiba mais Próteses infantis impressas em 3D chegam ao Brasil com baixo custo Impressora 3D fabrica primeira prótese de vértebra, implantada em menino Impressora 3D cria prótese 114 vezes mais barata para menino sem braço Um deles, Igor Spetic, que perdeu a mão direita em um acidente há quatro anos, utiliza a prótese com sensores há cerca de dois anos e meio e sentiu uma grande diferença em sua relação com o mundo. “Tinha de observar atentamente tudo o que fazia e avaliar, por meio da visão, se estava aplicando o grau adequado de força – por exemplo, quando segurava um objeto”, contou o paciente. Hoje em dia, Spetic consegue, de olhos vendados, sentir a diferente textura de materiais como uma lixa ou um pedaço de velcro. Por enquanto, a tecnologia só é utilizada dentro do laboratório, e não é possível estipular quanto ela custará, mas há planos para ser difundida no cotidiano das milhões de pessoas deficientes físicas nos próximos anos. O chefe dos estudos, Dustin Tyler, se mostra otimista com a futura implementação do equipamento. “Nós acreditamos que, entre cinco e dez anos, teremos um sistema funcionando: a pessoa chega pela manhã, fazemos o procedimento para implantar eletrodos em cada nervo e a pessoa receberá um aparelho de bolso para que, quando for ligado, a pessoa possa sentir suas mãos”, explicou Tyler. Qual a utilidade de comprar uma impressora 3D? Comente no Fórum do TechTudo. Além de devolver o tato, o aparelho também elimina um fenômeno conhecido como “membro fantasma“, quando o paciente sente dor no membro que perdeu. Igor Spetic revela um desejo em relação à tecnologia: “Eu adoraria sentir a mão da minha esposa. Poder ficar de mãos dadas seria incrível”. Via BBC
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