O 113º aniversário de Cecília Meireles recebeu uma homenagem do Doodle nesta sexta-feira (7). Cecília foi poetisa, pintora,
professora e jornalista brasileira, além de ter sido
considerada uma das vozes líricas mais importantes da língua portuguesa. A imagem do Doodle mostra
Cecilia escrevendo sob a luz do luar. A história por trás dos Doodles do Google; entenda como nasceu o projeto 113º aniversário de Cecília Meireles é comemorado com Doodle (Foto: Reprodução/Google) Autora de obras consagradas, como “Ou isto ou aquilo” e “Romanceiro
da Inconfidência”, Cecília nasceu em 7 de novembro de 1901, no bairro da
Tijuca. Filha dos portugueses Carlos Alberto de Carvalho Meireles e
Matilde Benevides Meireles, seu pai faleceu três meses após seu
nascimento, e a mãe quando ela tinha só três anos de idade. Por isso,
foi criada pela avó, Jacinta Garcia Benevides.
Talento de infância Seu talento para a escrita vem da infância. Aos nove anos, começou a
escrever poesia. Completou o curso primário em 1910 recebendo uma
medalha de ouro por “distinção e louvor”. Em 1917, com apenas 16 anos,
formou-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro e
passou a exercer o magistério no estado do Rio de Janeiro. Cecília é uma das maiores poetisas da história do Brasil (Foto: Reprodução/Ibamendes) Aos 18, publicou o seu primeiro livro de sonetos, Espectros. E logo fez sucesso por ser uma escritora atemporal. Ou seja, tinha a influência do Modernismo da sua época, mas apresentava também técnicas do Simbolismo, Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Panasianismo, Realismo e Surrealismo. Depois, vieram, em 1923, “Nunca mais… e Poema dos Poemas” e “Baladas para El-Rei”, em 1925. Entre aulas e poemas, Cecília ainda arrumou tempo para trabalhar como jornalista, de 1930 a 1931, no Diário de Notícias, com uma página diária sobre educação. Em 1934, organizou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, em Botafogo. De 1935 a 1938, virou professora universitária na antiga Universidade do Distrito Federal, hoje UFRJ. No mesmo período, colaborou ativamente no jornal A Manhã e na revista Observador Econômico. Mas foi em 1939, quando lançou “Viagem”, que ganhou ainda mais reconhecimento. Recebeu o Prêmio de Poesia Olavo Bilac, pela Academia Brasileira de Letras. Nos anos seguintes, fez diversas viagens pelo mundo, fazendo conferências sobre Literatura, Educação e Folclore. Na década de 40, lançou seis publicações. Já nos anos 1950, foram 15, incluindo o clássico “Romanceiro da Inconfidência”. Qual é o melhor Doodle do Google? Comente no Fórum do TechTudo. Casada duas vezes, em 1922 com o pintor português Fernando Correia Dias,
que veio a se suicidar em 1935, e em 1940 com o professor e engenheiro
agrônomo Heitor Vinicius da Silveira Grilo, Cecília teve três filhas:
Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, além de cinco netos.
Faleceu aos 63 anos, de câncer, em 9 de novembro de 1964. No
entanto, seu legado é eterno na literatura brasileira. Prova disso é que
não faltaram homenagens a ela. Em 1964 mesmo, ganhou o Prêmio Jabuti,
concedido pela Câmara Brasileira do Livro. No ano seguinte, recebeu o
Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras.
Em 1989, uma cédula de cruzados novos com a sua efígie foi feita em sua
homenagem. Nota com homenagem à poetisa foi lançada em 1989 (Foto: Reprodução/Instituto Cecília Meireles) Legado internacional Seu reconhecimento é internacional. Cecília é Sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura, Sócia honorária do Instituto Vasco da Gama (Goa), Doutora “honoris causa” pela Universidade de Delhi (Índia) e Oficial da Ordem do Mérito (Chile). Na cidade chilena de Valparaíso, tem até uma biblioteca com seu nome. Em Portugal, nos Açores e em Lisboa, há ruas com seu nome.