O ambiente tecnológico também está com as atenções voltadas ao coronavírus. Além de empresas se dedicarem ao desenvolvimento constante de ferramentas para auxiliar a população mundial, sejam ações para redes sociais ou aplicativos específicos com informações confiáveis em tempo real, há outro nicho preocupado com as consequências da situação: a Europol, entidade que representa 27 instituições policiais de países da União Europeia.
Em documento publicado nesta sexta-feira (27), a agência deu destaque aos esforços voltados para combater golpes virtuais. De acordo com a publicação, as pessoas estão mais vulneráveis a essas situações por três motivos: o aumento do nível de insegurança, a ascensão do consumo online, e a maior probabilidade de interesse nos conteúdos sobre a pandemia.
Atualmente, as chances de que um domínio relacionado à covid-19 seja malicioso são de 50%, segundo especialistas. Caso o usuário caia na armadilha, pode ter o dispositivo infectado com malwares diversos. Por isso, um time de experts em cibersegurança se juntou para combater os hackers.
(Fonte: Pixabay)Fonte: Pixabay
Luta contra ataques virtuais
Profissionais de 40 países estão se aliando para proteger diversas organizações, segundo a Reuters. A força-tarefa foi batizada de COVID-19 CTI League e conta com profissionais de grandes empresas prestando suporte, como Microsoft e Amazon.
Como os alvos incluem grandes corporações, a prioridade máxima da equipe é proteger os maiores responsáveis pelo combate ao coronavírus, afirma Marc Rogers, um dos gerentes da iniciativa. São citadas as instituições de saúde e os provedores de serviços voltados à comunicação.
“Enquanto muitos estão comprometidos com a luta contra a crise e o auxílio às vítimas, há muitos criminosos que foram rápidos para enxergar oportunidades e explorar a situação”, declarou a diretora executiva da Europol Catherine De Bolle. “Isso é inaceitável. Tais atividades criminosas são uma ameaça e podem trazer riscos a vidas humanas. Por isso, reforçar o combate ao crime é mais importante que nunca”.
Informações confiáveis na palma da mão
Distanciamento físico e informação de qualidade para se precaver são medidas essenciais contra o coronavírus. Pensando nisso, Amazon e Apple implementaram recursos exclusivos a seus assistentes virtuais. Agora, Siri e Alexa contam com dados fornecidos pelos centros de controle e prevenção de doenças.
Em interações baseadas em perguntas e respostas, ambas são capazes de fornecer dicas sobre as ações recomendadas por órgãos oficiais no caso de suspeita de contaminação, informando sobre os riscos específicos do seu caso com base nos comportamentos e sintomas apresentados.
Além disso, Mark Zuckerberg e Bill Gates doaram, por meio de suas instituições filantrópicas, US$ 75 milhões de dólares para pesquisas internacionais de tratamentos e vacinas.
Esse movimento é mais que bem-vindo. Afinal, dada a importância das redes sociais, o número de acessos ao Facebook está subindo cada vez mais, de acordo com a CNET. “Para muitos de nós, redes sociais são uma fonte primária de acesso às informações, tanto gerais quanto de amigos, uma maneira de nos conectarmos com o mundo”, afirma Adam Alter, professor de marketing e psicologia na Universidade de Nova York.
O problema é que também há implicações negativas no aumento de tráfego. Por exemplo, comportamentos tóxicos gerais, como os de ódio e abuso, elevaram em 900% os discursos de ódio contra a China, já que as pessoas têm mais tempo para se expressar em diversas plataformas.
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