Em busca de evidências de tecnologia alienígena, astrônomos do Centro Internacional de Pesquisa em Radioastronomia da Austrália fizeram uma enorme varredura no céu, examinando mais de 10 milhões de estrelas, mas não encontraram nenhum indício. O resultado do estudo foi divulgado na última segunda-feira (07), no Publications of the Astronomical Society of Australia.
Utilizando as 4.096 antenas do radiotelescópio Murchison Widefield Array (MWA), os pesquisadores procuraram em torno da constelação de Vela, tentando encontrar sinais de rádio emitidos por alguma civilização extraterrestre.
Mas depois de 17 horas examinando a região, escolhida por ter as condições ideais para a formação de novas estrelas, de acordo com a astrofísica do Conselho Consultivo da Ciência e da Indústria da Austrália (CSIRO) Chenoa Tremblay, nenhum sinal desconhecido foi detectado.
Parte das antenas utilizadas para captar os sinais de rádio do espaço.Fonte: Murchison Widefield Array/Divulgação
A coautora do estudo explicou que tipo de sinais foram procurados: “Pense em um alarme de carro quando você deixa as luzes acesas, onde há uma série de sons de ‘ping’ igualmente espaçados”. A varredura capturou mais de 10,3 milhões de fontes estelares e seis exoplanetas conhecidos, buscando por esses “pings repetidos”, que poderiam escapar do ruído de um planeta ou terem sido criados para tal finalidade.
Fatores que dificultam a busca
A busca por inteligência extraterrestre (SETI, na sigla em inglês) esbarra em algumas dificuldades, como o tamanho limitado da área analisada. No caso deste estudo australiano, os pesquisadores disseram que foi como tentar encontrar algo no oceano, procurando apenas em um “volume de água equivalente a uma grande piscina no quintal”.
Tremblay também lembra que as pesquisas atuais partem do princípio de que outras civilizações tenham tecnologia semelhante à nossa. Porém, elas podem ter desenvolvido outras capacidades de comunicação, sem utilizar sinais de rádio, por exemplo.
Para tentar diminuir essas dificuldades, ela cita a importância do trabalho em conjunto com outras investigações científicas. “Aonde iremos em seguida dependerá de outras ciências”, comentou.
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