Enquanto a maioria das grandes montadoras ainda está gerenciando seus custos e ainda rezando pelo fim da pandemia, a Tesla comemora um terceiro trimestre recorde em venda de veículos, lucros gigantes e uma alta nas ações da empresa.
Somente no último trimestre, 140 mil novos Teslas chegaram às ruas, gerando um lucro operacional de US$ 809 milhões (a partir de uma receita de US$ 1,4 bilhão). Nesta quinta-feira (22), as ações da montadora tiveram valorização de 5,5% depois que seu relatório fiscal do terceiro trimestre foi divulgado.
A receita da Tesla: produção ajustada à demanda.Fonte: Los Angeles Times/Allen J. Schaben/Reprodução
As receitas da Tesla subiram 39% em relação a 2019, atingindo US$ 8,8 bilhões, e as entregas de veículos aumentaram em 44%, com expectativas de fechar o ano com meio milhão de carros entregues – para que isso aconteça, será preciso que a produção bata o recorde trimestral anterior em 29%, alcançando a marca de 181 mil novos veículos.
No fechamento do mercado nesta quarta, a capitalização de mercado da empresa chegou a US$ 394 bilhões, ultrapassando gigantes como a Johnson & Johnson (US$ 379 bilhões), Procter & Gamble (US$ 357 bilhões) e JPMorgan Chase (US$ 303 bilhões).
Viciados em desperdício
O mercado automotivo nos EUA, mesmo em franca recuperação, ainda mostra uma lentidão condizente com o tamanho das montadoras que o compõe; a empresa de Elon Musk, porém, desfruta de uma operação em escala ideal.
Para o analista Matthew DeBord, do Business Insider, “a indústria automobilística global é viciada em desperdícios e tem dificuldade em eliminar pesquisas e desenvolvimento redundantes, e retornar capacidade de fabricação subutilizada”.
Uma operação enxuta beneficiou a Tesla.Fonte: Tesla/Divulgação
O trunfo da empresa de Elon Musk seria sua capacidade perfeitamente alinhada com a demanda e fábricas operando com eficiência, apoiando tanto crescimento como lucratividade contínuos, o que tornou a montadora um modelo de como enfrentar uma crise como a da pandemia de covid-19.
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