YouTube monetizará canais pequenos e não vai dividir a grana

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Vira e mexe, o YouTube muda suas regras e Termos de Serviço para readequar a forma como monetiza seus vídeos, e quem tem direito a fazer uma graninha com suas criações hospedadas na plataforma. O Programa de Parcerias foi reformulado várias vezes, sendo que a última foi bastante controversa.

App do YouTube em iPhone (Crédito: Hello I'm Nik/Unsplash)

App do YouTube em iPhone (Crédito: Hello I’m Nik/Unsplash)

Anteriormente, para fazer parte do clubinho era preciso atingir um limiar de 10 mil visualizações totais em vídeos do canal, visando eliminar do programa canais que não tivessem interesse em crescer, mas em 2018 as regras mudaram para incentivar todo mundo a continuar produzindo.

As regras válidas hoje exigem um mínimo de 1.000 inscritos e, é aqui que entra a pegadinha, uma média de 4 mil visualizações constantes nos últimos 12 meses. O canal que ficar abaixo de qualquer um desses dois parâmetros é chutado do Programa de Parcerias, e só poderá se qualificar quando se enquadrar novamente.

Ser parte do programa confere uma série de benefícios, mas o principal deles é a possibilidade de monetizar suas produções, com a exibição de anúncios, e a possibilidade de aderir a campanhas junto a anunciantes parceiros, em que a negociação é facilitada com o intermédio do YouTube. Quem está do lado de fora não tem nada disso, e também não pode fazer dinheiro no site.

Ao mesmo tempo, o YouTube se reservava a um mínimo de decência e não colocava anúncios nos vídeos de canais de fora do Programa de Parceiras, exceto em casos dos que foram removidos por n motivos, conforme descrito nos Termos de Serviço.

Isso agora mudou, e os criadores em geral não vão gostar: YouTube e Google esqueceram da norma “Do No Evil” faz tempo, mas se lembraram da máxima em negócios, “trabalhar para pobre é pedir esmola para dois”. Logo, não faz sentido hospedar vídeos de uma galera enorme, que não se enquadram nos quesitos para serem parceiros, sem ganhar uns trocados em contrapartida para bancar seus custos.

iPhone antigo e logo do YouTube (Crédito: StockSnap/Pixabay)

iPhone antigo e logo do YouTube (Crédito: StockSnap/Pixabay)

As novas regras dos Termos de Serviço do YouTube, que entram em vigor nesta sexta-feira (20) incluem uma nova cláusula, que dá direito à plataforma de monetizar todo e qualquer vídeo hospedado, seja ele de um parceiro ou não, desde que ele se enquadre nas diretivas de “conteúdo amigável”, o que exclui:

  • Linguagem inapropriada;
  • Conteúdo com violência (real ou virtual);
  • Conteúdo volátil (que pode causar reações negativas, mesmo não sendo tecnicamente ilegal);
  • Conteúdo sexual (esta cláusula afeta principalmente canais com conteúdo LGBTQ+, mesmo não tendo nada relativo à sexualidade nos vídeos);
  • Vídeos com armas de fogo, bebidas alcoólicas ou substâncias ilícitas;
  • Vídeos que incitam comportamentos de ódio contra indivíduos ou grupos, baseando-se em etnia, identidade de gênero, religião e etc.

Vídeos considerados OK, mesmo não sendo de criadores que participam do Programa de Parcerias, poderão exibir anúncios e render uma grana ao YouTube, e é aqui que entra a pegadinha: os canais pequenos não receberão um tostão, visto que eles só são elegíveis a lucrarem com suas produções se forem filiados à plataforma, seguindo as regras de mínimo de visualizações e inscritos exigidos.

Com a mudança, o YouTube basicamente transformou o Programa de Parceiras em um programa de vantagens, com o serviço se reservando no direito de não dividir a grana com quem estiver do lado de fora do muro.

Em última análise, qualquer criador pequeno ou recém-chegado ao YouTube, que não se enquadra como parceiro, irá atuar como voluntário enquanto a plataforma faz dinheiro com seu material original, e este que trabalhe por onde para aumentar seu alcance para poder entrar no Programa de Parceiros, a fim de recolher sua parte daquele ponto em diante.

Claro que outras plataformas também possuem programas de monetização bem restritos, mas até o momento, o YouTube é o primeiro a se reservar no direito de lucrar com vídeos sem ter que dividir nada, e deixar isso explícito nos Termos de Serviço.

Aos canais pequenos, resta aceitar e se adequar, ou procurar outra plataforma, mas o tamanho que o YouTube alcançou lhe permite exercer domínio sobre a mídia de vídeo distribuída na internet.

Isso causa impacto nos criadores e como eles lidam com suas produções, ao considerar onde elas deverão ser veiculadas. Afinal, como ignorar o site de vídeos com a maior visibilidade e público?

YouTube continua fazendo "ofertas irrecusáveis" aos criadores (Crédito: Paramount Pictures)

YouTube continua fazendo “ofertas irrecusáveis” aos criadores (Crédito: Paramount Pictures)

Enquanto streamers ao vivo podem se dar a um certo luxo de optar pela Twitch, Facebook Video ou Facebook Gaming, os demais que publicam séries, documentários, clipes musicais e etc não podem sequer considerar a ideia de não publicar na plataforma do Google, que garante as visualizações. Vimeo? DailyMotion? Não chegam nem perto.

O mesmo vale para os pequenos: o YouTube é simples de usar e tem a força do Google por trás, e é possível crescer desde que se sigam as regras, o que agora inclui trabalhar de graça, o que muita gente levará para o lado pessoas e buscará se esforçar mais, para entrar no Programa de Parceiros e passar a reverter grana para si.

O que é exatamente o que o YouTube deseja: mais parceiros, mais conteúdos de qualidade, mais anúncios e consequentemente, mais dinheiro.

Fonte: Google



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