Muito popular nas transferências entre pessoas físicas, já podemos dizer que o Pix vem ganhando espaço no dia a dia dos brasileiros. Segundo balanço divulgado pelo Banco Central (BC), 84% das transações com o novo sistema de pagamentos instantâneos são entre pessoas físicas. Outro dado relevante dessa adesão mostra que, entre os dias 9 a 15 de dezembro, o método sozinho respondeu por mais de 30% de todas as transferências interbancárias.
Já os pagamentos de pessoas físicas para empresas representam apenas 6% das operações, segundo balanço do BC. A Linx, especialista em tecnologia para o varejo, acredita que o uso do meio de pagamento nas compras ainda passa por uma fase de implantação e deve ganhar força nas semanas seguintes ao Natal.
Para Gustavo Ioriatti, diretor comercial da Linx Pay Hub, o varejista precisa se adaptar ao Pix, já que o consumidor tem aprovado a nova solução e está disposto a utilizá-la.
“As pessoas têm mostrado interesse nessa nova forma de pagamento mais fácil, rápida e, claro, segura. Por isso, o varejista precisa implantar a solução para o seu comércio e ter um parceiro tecnológico para ajudá-lo”
Ioriatti afirma ainda que os varejistas só têm a ganhar com a adoção do Pix. A novidade, além de ser um diferencial competitivo em um primeiro momento, é mais barata do que as opções atuais. “As taxas de recebimento são menores do que as opções disponíveis hoje”, ressalta o porta-voz da Linx.
Para as compras de final de ano, Ioriatti diz que os varejistas priorizaram as vendas, adiando a integração do Pix, que poderia tomar tempo. “Além de adicionar mais um processo para o ponto de venda, a maioria deixou de lado nesse primeiro momento, focando em garantir as vendas com o que tem em mãos para depois adotar a funcionalidade”.
O porquê da demora
Para o diretor, outros pontos que atrasaram a adoção da solução para a data foram a demora dos adquirentes para precificar o custo da transação e a dificuldade do varejista de confirmar o pagamento da compra, muito por falta de uma solução adequada.
“O medo de sofrer um golpe ou ser enganado é presente e, nesse primeiro momento, assusta o comerciante”
“Mas, já existem soluções no mercado que endereçam esses pontos e conciliam o Pix com outras formas de pagamento. O hábito dos consumidores tem mudado com a pandemia, e essa é uma transformação que veio para ficar”, aponta.
Com essas barreiras, grandes e pequenos varejistas preferiram não concentrar seus esforços no Pix nesse primeiro momento, o que é refletido nos 30% de brasileiros que não sabem que o método pode ser usado para realizar compras, segundo pesquisa da área de Inteligência de Mercado da Globo. “No primeiro tri de 2021, esse cenário deve mudar com a adoção em larga escala do Pix, tornando as divulgações mais presentes, com o varejo também assumindo o papel de educar o consumidor em seu uso”, diz Ioriatti.
Para o próximo ano, a expectativa é das melhores para o Pix no comércio. Passadas Black Friday, Natal, as datas mais importantes para vender, e, portanto, as que demandam mais tempo dos comerciantes, deve sobrar tempo para respirar e pensar na adoção da ferramenta. A digitalização intensa que a pandemia provocou também torna comerciantes e consumidores suscetíveis à solução.
“O Pix já é realidade, o cenário está dado. O próximo passo para os varejistas é se implantar o meio de pagamento, principalmente com a ajuda das soluções Linx tecnologia, garantindo a melhor experiência para os clientes”, finaliza.
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