VLC Media Player, o mais simples dos players de vídeo, completa 20 anos

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O VLC Media Player completou 20 anos na última segunda-feira (1º). O software nasceu como uma iniciativa de código aberto, e uma alternativa a reprodutores de mídia padrão em sistemas operacionais, que nem sempre reconheciam todos os formatos de áudio e vídeo.

VLC rodando no Windows 7 (Crédito: Divulgação/VideoLAN)

VLC rodando no Windows 7 (Crédito: Divulgação/VideoLAN)

O VLC Media Player foi desenvolvido pela VideoLAN, uma organização sem fins lucrativos voltada a criar softwares de código aberto, em conformidade com as diretrizes da licença GNU General Public Licence (GPL), delineada por Richard Stallman, aquele cara esquisito.

O VLC (de VideoLAN Client) é um projeto que foi gestado no École Centrale Paris, na época um instituto de P&D para cursos de pós-graduação, especificamente nas áreas científicas e engenharia. Hoje ele faz parte do CentraleSupélec (CS), escola de graduação da Universidade Paris-Saclay. O projeto começou em 1996, e em 1998 a versão pré-alfa foi totalmente reescrita.

No dia 1º de fevereiro de 2001, ela foi lançada sob a licença GNU GLP, sob autorização escrita do diretor da École, que se responsabilizou pelo projeto até 2009, quando a VideoLAN se desmembrou da academia e se estabeleceu como uma organização multinacional não-lucrativa.

Um VLC para a todos dominar

O principal objetivo do VLC era oferecer um player que fosse simples para o usuário comum, e ao mesmo tempo fosse universalmente compatível com o maior número de formatos de mídia possível. Reprodutores nativos davam preferência a extensões específicas, como o Windows Media Player que reconhecia arquivos .wmv, ou o Apple QuickTime, para .mov.

A ideia de um player com codecs integrados no código não era muito comum, e projetos da época, como o Media Player Classic, que foi lançado apenas em 2003, ofereciam uma abordagem diferente. O usuário deve instalar o pacote à parte, para que o programa reconheça os formatos.

O MPC é atualizado até hoje, e suporta codecs como CCCP e K-Lite, mas embora seja mais granular, nem todos os usuários possuem esse nível de conhecimento.

Há quem prefira o Media Player Classic até hoje, ainda que ele dependa de codecs (Crédito: Reprodução/MPC-HC Community Forum)

Há quem prefira o Media Player Classic até hoje, ainda que ele dependa de codecs (Crédito: Reprodução/MPC-HC Community Forum)

O VLC seguiria a filosofia “It Just Works” da Apple, em que o usuário só precisava baixar e executar o instalador, e relacionar o programa com as extensões dos arquivos de mídia. Tudo o mais seria feito no backstage, o código integrado do reprodutor teria que se virar com suas bibliotecas para reconhecer e executar o conteúdo.

A VideoLAN usou uma aproximação similar à de Bill Gates com o Windows, em que o sistema operacional deve ser simples de operar e não exigir conhecimentos esotéricos por parte do usuário. Ele não é voltado para micreiros e linuxeiros que respondem tudo com “RTFM”, mas para o afegão médio, ou uma criança querendo ver vídeos de Minecraft offline.

Hoje, o VLC reconhece quase qualquer formato de mídia, incluindo físicas e arquivos .iso, é capaz de reproduzir conteúdo online via streaming, suporta legendas e customização das mesmas, traz recursos de gravação e edição e é acima de tudo fácil de usar.

VLC 2.0 no Windows 7, uma das versões antigas ainda disponíveis (Imagem: Reprodução/VideoLAN) / VLC Media Player

VLC 2.0 no Windows 7, uma das versões antigas ainda disponíveis (Imagem: Reprodução/VideoLAN)

O programa é compatível com Windows (incluindo 95, 98 e Me, com plugins adicionais), macOS, Linux, iOS, Android, tvOS, watchOS, HoloLens, TVs Samsung com Tizen, Xbox One e Xbox Series X|S, mas passou por problemas ao longo dos anos. Em 2010, o app foi removido da Apple App Store por determinação da VideoLAN, sob acusação de violação da licença GNU GPL.

Acontece que a maçã distribuía o app em sua loja com DRM embutido, o que ela não poderia fazer. O VLC Media Player voltou ao iPhone e iPad somente em 2013, sob a licença LGPL, mais flexível.

E o cone?

Cone de tráfego (Crédito: manfredrichter/Pixabay) / VLC Media Player

Cone de tráfego (Crédito: manfredrichter/Pixabay)

Todo mundo que começou a usar o VLC Media Player em algum momento já se perguntou isso, “por que diabos um cone de tráfego?” Não há relação prática alguma para o uso do item como o símbolo do player de vídeo, mas ele acabou escolhido por conta de um causo inusitado, afirmado como verídico inclusive no fórum do VLC, envolvendo uma noite de bebedeira.

Reza a lenda que uma noite, alguns membros da VIA (associação de networking entre clubes de diversas áreas da École Centrale, do qual o projeto VideoLAN fazia parte) apareceram no instituto bêbados, trazendo com eles um cone de trânsito. ninguém sabe de onde ele veio e por que o pegaram, mas o fato é que o item ficou.

O episódio acabou dando início a uma coleção de cones de sinalização mantidos pela VIA, que em certo ponto se tornou bem grande. Esses eventos se deram antes da VideoLAN iniciar os trabalhos acerca do VLC, e os membros do projeto decidiram que o cone seria um ícone adequado, sem nenhuma razão específica além de ser fruto de um furto realizado por um bando de estudantes bêbados.

De qualquer forma, o VLC é hoje um programa bastante acessível e simples, gratuito (claro), com vasto suporte a formatos de mídia e compatibilidade com diversas plataformas, e mesmo que hoje não seja tão essencial em celulares e sistemas embarcados, é preciso reconhecer que ele e concorrentes foram importantes para mostrar que um reprodutor de vídeo poderia embarcar tudo no código, ao invés de deixar o usuário quebrando a cabeça com codecs.

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