Audacity Games, o estúdio que criará jogos de Atari 2600

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Assim como muitas pessoas da minha geração, eu comecei a jogar videogame no Atari 2600, lá pela metade da década de 80. Porém, por mais nostálgico que eu possa ser, aquele é um videogame do qual não sinto a menor saudade. Salvo um ou outro título, hoje sinceramente não vejo a menor graça em revisitar os jogos criados para ele, mas mesmo assim acho muito bacana a iniciativa de três profissionais que ajudaram a criar a história daquele lendário console.

Atari 2600

Crédito: digitalskennedy/Pixabay

Batizado com o muito bem escolhido nome de Audacity Games, este é um novo estúdio cujo objetivo será desenvolver títulos para o Atari 2600. Contudo, o que chama a atenção não é apenas esta abordagem inusitada, mas aqueles que estão por trás da ideia: o cofundador da Activision, David Crane; além dos game designers (e irmãos) Garry e Dan Kitchen.

Por anos os nossos fãs têm nos pedido para criar novos jogos. Nós os ouvimos e decidimos fazer justamente isso,” afirmou Crane. “Eu sempre disse que me divirto criando jogos tanto quanto os outros se divertem jogando-os e os sistemas de jogos retrô são os meus favoritos.” Já para Garry Kitchen, este interesse das pessoas por jogos antigos lhes pareceu uma ótima oportunidade para a criação de novos títulos.

O que torna a investida deles ainda mais interessante é o fato de que todos os jogos serão lançados em versões físicas, o que deverá fazer com que se tornem muito procurados por colecionadores. Porém, aqueles que não tiverem um Atari 2600 podem ficar tranquilos, já que a compra dos cartuchos também dará direito a um código para que a sua respectiva versão digital possa ser baixada e jogada em emuladores como o Stella.

Contudo, no comunicado divulgado à imprensa a desenvolvedora afirma que produzir para o videogame da Atari será apenas o primeiro passo, já que eles pretendem publicar títulos para diversas plataformas do passado e que continuam despertando o interesse dos jogadores.

Quanto à bagagem dos envolvidos com a fundação da Audacity Games, o que não deverá faltar é conhecimento para que ótimos jogos sejam produzidos. No caso de Garry Kitchen, foi ele o responsável por títulos como Keystone Kapers e pela adaptação do Donkey Kong. Em sua carreira o game designer ainda trabalhou em jogos mais modernos, como A Boy and His Blob: Trouble on Blobolonia e The Simpsons: Bart vs. the Space Mutants, ambos para Nintendinho; além do Home Alone e Super Battletank para Super Nintendo e vários títulos para mobile.

Já David Crane tem em seu portfólio jogos como Dragster, Freeway e Kaboom!, mas além de ser um dos fundadores de uma das maiores empresas de games do planeta, ele sempre será lembrado pelo clássico Pitfall! e sua continuação direta. Fora do Atari 2600 ele também participou de projetos como A Boy and His Blob, The Simpsons: Bart vs. the World e Home Improvement: Power Tool Pursuit!, tendo sido ainda o programador do famigerado Night Trap.

Por fim temos Dan Kitchen, sujeito que participou de mais de 200 jogos, como por exemplo Kung-Fu Master, Double Dragon, River Raid II e Ikari Warriors. Tendo desenvolvido para diversas plataformas ao longo dos anos, seu nome ainda esteve ligado a títulos como Bartman Meets Radioactive Man (NES), Goofy’s Hysterical History Tour (Mega Drive), Turn and Burn (Super Nintendo), Earthworm Jim (GameBoy Advance), Age of Empires: The Age of Kings (Nintendo DS), Advent Rising (PC) e Ghost Rider (PlayStation 2).

O Atari 2600 a serviço da IA

E já que estamos falando de Atari 2600, vale mencionar um interessante recente estudo de inteligência artificial que vem sendo realizado pelo pessoal do Uber AI Lab. Utilizando um método conhecido como aprendizagem por reforço, os pesquisadores criaram uma série de algoritmos que são capazes de criar um arquivo das áreas que eles visitaram anteriormente em jogos de plataforma daquele videogame, fazendo assim com que consigam “lembrar” onde já estiveram.

A técnica batizada como Go-Explore é diferente da motivação intrínseca que normalmente é utilizada em inteligência artificial, onde a tecnologia é recompensada por encontrar novas áreas em um jogo. Ao contrário do que era conseguido antes, esta nova abordagem permite que o sistema não esqueça salas já visitadas e assim eles conseguiram fazer com que a IA fosse capaz de terminar jogos que funcionam como enormes labirintos, como Pitafall!, Montezuma’s Revenge e Freeway.

De acordo com os responsáveis pelo estudo que foi publicado na revista Nature, Adrien Ecoffet, Joost Huizinga e Jeff Clune, um dos principais problemas com o método antigo é que o algoritmo corre o risco de esquecer áreas promissoras que podem ser essenciais para a progressão, algo conhecido como “distanciamento”.

Eles dependem de ações aleatórias que podem ser tomadas a qualquer momento, inclusive enquanto o agente ainda está indo em direção à área que realmente precisa ser explorada,” afirmaram os cientistas. “Se você tem um ambiente em que suas ações necessitam ser precisas, como um jogo com muitos perigos que podem matá-lo instantaneamente, essas ações aleatórias podem impedir que você alcance a área que realmente deseja explorar.

A ideia do grupo é utilizar o que eles criaram para melhorar a vida das pessoas, empregando a técnica em robôs utilizados no aprendizado de línguas, na limpeza de casas ou mesmo em indústrias. “Pense em pedir a um robô para pegar um café para você: não há praticamente nenhuma chance de que ele opere a cafeteira apenas agindo aleatoriamente,” explicaram os pesquisadores.

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