Age of Empires IV quer nos ensinar um pouco de história

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Além de nos colocar para disputar batalhas memoráveis contra diversas civilizações e tendo sido o primeiro contato que muitas pessoas tiveram com jogos de estratégia em tempo real, a série Age of Empire também vem fascinando as pessoas pela sua ambientação histórica. Sabendo disso, os envolvidos na criação do próximo capítulo tiveram a brilhante ideia de aproveitá-lo para tentar levar um pouco de conhecimento aos jogadores.

Age of Empires IV

Crédito: Divulgação/Microsoft Studios

Anunciado em 2017 e estando nas mãos do competentíssimo pessoal da Relic Entertainment (Homeworld, Warhammer 40,000: Dawn of War, Company of Heroes), o Age of Empires IV focará na Idade Média e nos permitirá levar um pequeno grupo de camponeses a se tornar um enorme império. Até aí, nada muito diferente do que temos nos anteriores, mas algo que deverá agradar quem gosta de aprender um pouco de história, é o trabalho documental que o estúdio está realizando.

Além de apresentar um pouco do contexto histórico antes de entrarmos em uma batalha, as quatro campanhas do jogo contarão com pequenos documentários filmados nos locais em que elas aconteceram. Produzidos com a ajuda de atores devidamente caracterizados e com objetos da época, a intenção é criar a melhor ambientação possível, com a narração contando histórias que aconteceram no mundo real.

A atenção aos detalhes no Age of Empires IV tem sido tão grande, que cada civilização falará a língua da época. Assim, mesmo uma pessoa fluente em inglês terá dificuldade em entender o que os britânicos estão falando no início da sua campanha. Porém, conforme os anos forem passando, a língua evoluirá, ficando mais próxima do que temos hoje. O mesmo vale para a música, que inicialmente contará com apenas alguns instrumentos e depois chegará a uma orquestra completa.

Parte desta dedicação da equipe da Relic pode ser vista em um interessante vídeo que eles publicaram recentemente e onde também fica mais fácil perceber como esta recriação histórica poderá tornar a experiência muito mais imersiva.

Quanto ao jogo em si, como se passaram 15 anos desde o lançamento do último capítulo, o Age of Empires IV aproveitará a maneira como a tecnologia evoluiu desde então, o que significa termos gráficos com um nível de detalhes impressionante, com cada unidade movendo-se com bastante realismos. Tudo isso poderá ser exibido numa resolução 4K e com suporte a HDR, desde que o seu equipamento dê conta do recado, é claro.

Já as novidades em relação a jogabilidade poderão ser vistas na maneira como cada civilização (inicialmente serão oito) se comportará, com os mapas gerados aleatoriamente evidenciando as fraquezas e as virtudes de cada povo. O objetivo com isso será fazer com que os jogadores experimentem e descubram qual civilização se encaixa melhor com o seu estilo.

Haverá também uma mecânica que promete trazer muita tensão às partidas, que é um sistema de furtividade. Com elas os jogadores poderão manter unidades escondidas para assim criar emboscadas e além disso fazer com que tenhamos que estar sempre atentos, será uma maneira de incentivar os batedores a estarem sempre vasculhando o mapa.

Também será interessante ver como funcionará a mecânica de cerco, onde uma base ou mesmo unidades poderão ser cercadas pelos inimigos e caberá a aqueles que estão no centro se defenderem. Some a isso a possibilidade de termos soldados combatendo sobre os muros dos castelos e as invasões às cidades prometem ser muito mais divertidas do que antes.

Contudo, melhorias visuais e de jogabilidade sempre são esperadas em um novo jogo e por isso me atrai muito mais a ideia do Age of Empires IV contar um pouco da história. Muitas vezes nem nos damos conta disso, mas os games possuem uma capacidade absurda de motivar as pessoas a conhecerem a cultura de outros povos. Da mitologia aos costumes de outras civilizações, passando por línguas estrangeiras e a história como um todo, é fácil encontrarmos apaixonados por jogos eletrônicos que graças a eles adquiriram os mais variados conhecimentos, um gatilho para um aprendizado que talvez não fosse acionado de outra forma.

Isso não quer dizer que todo título deva ser um poço cultural, mas quando um estúdio se dispõe a criar o próximo jogo para uma série que sempre teve a história como plano de fundo, é muito bom ver que os envolvidos na sua criação pretendem utilizar o projeto também como uma plataforma de ensino.

Fonte: The Verge

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