Covid-19: imunização de jovens pode garantir futuro promissor

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Muito vem sendo discutido a respeito da imunização de crianças e adolescentes contra o novo coronavírus ao redor do mundo. Em 10 de maio a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) autorizou o uso emergencial da vacina da Pfizer contra Covid-19 em pessoas na faixa etária de 12 a 15 anos. A medida considerou que esses jovens, se não vacinados, poderiam espalhar a doença.

Estudo valida vacinação de crianças e adolescentes

A Pfizer fez um ensaio clínico com 2.260 adolescentes no final de março. 1.131 participantes receberam a vacina e 1.129 receberam um placebo salino. Os resultados demonstraram que a vacina é bem tolerada e 100% eficaz em pacientes de 12 a 15 anos: nenhum participante do grupo da vacina desenvolveu a doença, em comparação com 18 infectados no grupo do placebo.

Os adolescentes ainda desenvolveram níveis mais elevados de anticorpos após a vacinação, se comparados com adultos.

As farmacêuticas Moderna e a Johnson & Johnson estão realizando testes de uso de vacinas contra a covid-19 em um espectro mais amplo: entre adolescentes de 12 a 18 anos. Os resultados ainda não estão disponíveis – mas a Moderna está em fase mais avançada.

Retomada de aulas presenciais

O ano letivo no hemisfério norte tem início entre agosto e setembro e a vacinação do grupo mais jovem traz nova perspectiva na volta às aulas presenciais com segurança. Já no Brasil, ainda sem perspectiva de vacinação em pessoas mais jovens, um estudo recente mostrou que o risco de abandono escolar aumentou 365% em São Paulo, durante o fechamento de escolas em 2020 – o dado foi citado na coluna da Veja de Claudio Lottenberg, doutor em Oftalmologia e presidente do Instituto Coalizão Saúde.

Vacinação de jovens pode garantir retorno às aulas nos Estados Unidos.Vacinação de jovens pode garantir retorno às aulas nos Estados Unidos.Fonte:  Pixabay 

Segundo o estudo citado, a maior parte do aumento da evasão escolar pode ser atribuída diretamente à ausência de aulas presenciais. Perdas na aprendizagem também ocorrem devido ao fechamento de escolas. Segundo eles, os custos sociais ao manter escolas fechadas na pandemia são muito grandes. O estudo destaca ainda que a reabertura de escolas com protocolos de segurança pode “evitar que esses custos cresçam ainda mais”.

Brasil e o ensino remoto

Claudio Lottenberg cita ainda que a falta de instrumentos que viabilizassem as aulas remotas também foi um complicador por aqui: dados do Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef), dão conta de que em torno de 1,38 milhão de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos não frequentavam a escola – remota ou presencialmente – em novembro de 2020 no país.

3,7 milhões de estudantes matriculados no ensino regular não tiveram acesso a atividades escolares, nem tiveram como estudar em casa devido à dificuldade de conexão ou falta de equipamentos que possibilitassem o acesso à internet.

Para o médico, vivemos a revolução da economia 4.0, baseada em informação e tecnologia digital e a inserção do Brasil neste universo depende da educação dos jovens. “Empregos mais bem remunerados vão exigir qualificação e formação escolar consistentes. Corremos o risco de ficar para trás, apenas com vagas de pouca exigência de conhecimento e longe de poder realizar avanços significativos em termos de crescimento econômico e de produtividade”, afirmou em sua coluna.

Volta às aulas depende de vacinação, segundo médico presidente do Instituto Coalizão Saúde.Volta às aulas depende de vacinação, segundo médico presidente do Instituto Coalizão Saúde.Fonte:  Pixabay 

“É preciso fazer com que a vacinação avance em suas primeiras fases, para chegar quanto antes aos grupos prioritários, de modo que, quando se tornar segura, a imunização de jovens possa começar sem demora”, escreveu o especialista.

Até o momento 53,6 milhões de doses da vacina foram aplicadas no Brasil, segundo dados reunidos pelo site Our World In Data. 17,3 milhões de pessoas foram totalmente imunizadas, o que corresponde a apenas 8,2% da população. A maioria dos estados, como São Paulo e Paraná, começou a vacinar pessoas com comorbidades. Mais dados sobre vacinação no país podem ser obtidos no painel do Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS.

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