As comparações entre a situação atual da Inteligência Artificial (IA) e a franquia Exterminador do Futuro já são batidas, mas um importante executivo do setor voltou a expressar preocupações sobre os riscos gerados pelo desenvolvimento de máquinas cada vez mais capazes e espertas. Em entrevista ao The Times, o executivo Mo Gawdat diz temer algo no estilo da Skynet e acha que “a realidade é que estamos criando Deus” a partir de sistemas eletrônicos.
Gawdat foi o gerente de negócios da Google X, uma divisão misteriosa da Alphabet que lidava com projetos mais ousados e focados em sistemas inteligentes. Foi durante o seu tempo na companhia que ele percebeu o quanto as IAs estavam evoluindo — em um ritmo que foi de empolgante a preocupante rapidamente.
Não é a primeira vez
Ele relatou um momento em específico: a equipe estava desenvolvendo um braço robótico capaz de pegar uma bola e, em certo momento, ele pareceu “se mostrar” aos pesquisadores e enaltecer as próprias capacidades. “E eu de repente percebi que isso é bem assustador. Isso me congelou completamente”, explica.
Anos atrás, o empresário e atual CEO da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, já citava o medo de que Exterminador do Futuro vire uma realidade. Porém, assim como Gawdat, ele também entrou no ramo: a montadora de veículos elétricos anunciou agora em 2021 que planeja construir um robô humanoide para fazer tarefas pesadas, o Tesla Bot.
Mesmo com os constantes investimentos em inteligência artificial, os temores também movimentam práticas para regulamentar o uso da tecnologia. Nesta semana, por exemplo, a Câmara dos Deputados aprovou no Brasil um projeto que visa dar vida a um marco legal para IA no Brasil.
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