This is America! A partida de Diablo que terminou em assassinato

[ad_1]

Ignorando se tratar de uma mídia com cerca de 50 anos de existência, algumas pessoas adoram colocar nos games a culpa por todo o mal que assola a humanidade. Para elas, os jogos eletrônicos são uma fábrica de assassinos e uma história absurda envolvendo o Diablo II provavelmente será distorcida para validar a opinião desse pessoal.

Diablo II

Crédito: Divulgação/Blizzard

O que contarei a seguir aconteceu no dia 15 de dezembro em Clark County, Washington, quando Joshua G. Spellman se desentendeu com Andrew W. Dickson, com quem jogava uma partida no jogo da Blizzard. Tudo corria muito bem, com uma terceira pessoa participando da jogatina, até que um jogador aleatório entrou no jogo.

De acordo com Spellman, um sujeito no alto dos seus 36 anos, a partida de Diablo II deveria estar protegida com uma senha, justamente para que desconhecidos não participassem, mas como o bloqueio não foi definido previamente, o jogador que entrou aproveitou para pegar um “valioso” item que havia sido largado após um monstro ser derrotado.

Naquele momento Dickson ficou furioso, passando a gritar, xingar e praguejar contra os amigos, um chilique que durou algo entre três e cinco minutos. Insatisfeito com a situação, Spellman teria dito para o outro jogador se acalmar, pois poderia acabar levando um tiro.

Pois aqui é preciso abrir um parêntese. Dickson e Spellman se conhecem há mais de 26 anos, inclusive com os dois morando no mesmo terreno, embora estivessem jogando em locais separados e conversando através de headsets.

Não se sabe exatamente como a discussão se desenrolou, mas o fato é que Joshua Spellman pegou uma arma que estava ao lado do seu computador e enquanto se dirigia à outra casa, deu um tiro para o alto, imagino que para mostrar o quanto era valente. Enfim, ao encontrar Dickson, o homem que estava armado foi questionado sobre a ameaça que havia feito e ao perceber que o furioso jogador se aproximava, ele apertou o gatilho.


Diablo II: Resurrected (Crédito: Divulgação/Blizzard)

O disparo acertou o peito da vítima, que apesar de ter sido socorrida e passado por uma cirurgia, não resistiu ao ferimento, falecendo no hospital. Já Spellman foi preso e durante o interrogatório uma dúvida incomodava os policiais: por que diabos alguém teria uma arma ao lado do computador? A explicação dada por ele? “Por que não? Isso é a América.

De acordo com o jornal The Columbian, o procurador adjunto pediu que a fiança de Joshua Spellman fosse estabelecida em US$ 2 milhões, afirmando que “um incidente aparentemente menor resultou em alguém sendo baleado e morto.” Porém, o juiz responsável pelo caso preferiu estipular um valor bem mais baixo, deixando-o em US$ 750 mil.

Bom, acredito que qualquer pessoa que já tenha jogado algo com um amigo em algum momento discordou do que estava acontecendo ou até se desentendeu com outros jogadores. Eu sei o quanto pode ser frustrante perder uma partida ou ter que refazer um longo trecho, simplesmente porque quem está nos acompanhando não fez o que tinha sido combinado.

Contudo, não é comum vermos pessoas se matarem por causa de um simples videogame e é por isso que acredito que a frase dita pelo assassino sirva para explicar toda a situação. Eu sei que a liberação ou não de armas é um assunto complexo, especialmente nos Estados Unidos e toda a questão cultural envolvida, mas acho que Spellman foi preciso no seu comentário: This is America.

Mesmo assim, como dito anteriormente, não ficarei nada surpreso se algumas pessoas usarem esta história para iniciarem uma nova cruzada contra os games. Neste caso há ainda o agravante de o jogo carregar consigo o nome do Coisa Ruim, um prato cheio para todos os cidadãos de bem que adoram maquiar seus erros jogando a culpa nos games, na música, numa religião que não seja a sua, nos políticos, no time de futebol adversário, nos alienígenas etc.

Fonte: NME

[ad_2]
Source link

× Consulte-nos!