Poucas coisas são mais irritantes do que, prontinho para uma maratona na Netflix, ver aquela rodinha girando eternamente no meio da tela. Saltos, buffer infinito e pixelização podem, brevemente, ser problemas do passado graças ao Minerva, uma ferramenta que analisa os dados de qualquer player de vídeo e as características dos arquivos. O sistema foi desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial (CSAIL) do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Como a equipe explicou, a maioria dos algoritomos atuais que trabalha com vídeo toma suas decisões sobre largura de banda para cada dispositivo através primariamente considerando redução de congestionamento, dividindo a conexão entre os usuários o roteador. Essa decisão não leva em conta fatores como tipo de vídeo (esportes, desenhos animados, filmes etc), tamanho e resolução da tela, tipo de dispositivo ou tamanho do buffer de reprodução.
“Se cinco pessoas em sua casa estiverem vendo vídeos ao mesmo tempo, o Minerva vai analisar como eles são afetados pela velocidade de transferência”, disse o professor do MIT Mohammad Alizadeh. “Em seguida, ele usa essas informações para dar a cada vídeo a melhor qualidade visual possível, sem degradar a experiência dos outros.”
Melhoria na resolução
Nos testes realizados, o Minerva conseguiu reduzir o tempo de rebuffering quase pela metade, e em um terço dos casos melhorou a qualidade de exibição dos vídeos (o equivalente a passar a resolução do que era exibido de 720p para 1080p). O sistema não funciona apenas dentro de casa: o mesmo princípio pode ser usado para compartilhar conexões de internet em regiões inteiras – e sem a necessidade de alterar qualquer hardware.
Com a chegada de novos concorrentes da Netflix, a implantação do Minerva pode ser uma revolução dentro do segmento. Em 2021, segundo a Cisco, 17 mil horas de conteúdo de vídeo cruzarão as redes mundiais a cada segundo e, em 2022, os fluxos de vídeo representarão 82% de todo o tráfego da internet.
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