Após ‘derrubar’ internet, provedora Fastly prevê queda de receita

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A Fastly, provedor de serviços de computação em nuvem que se notabilizou por ter deixado fora do ar alguns dos maiores sites do mundo em junho passado, viu suas ações despencarem mais de 19% na semana passada. A desvalorização ocorreu após a empresa anunciar suas projeções negativas para o terceiro trimestre e para o ano de 2021.

Em carta aos acionistas, o CEO da Fastly, Joshua Bixby, explicou que a expectativa da empresa é de que o impacto resultante da desastrosa interrupção em junho se resolva no curto a médio prazo. Segundo o executivo, a empresa trabalha em conjunto com seus clientes para restabelecer o tráfego de informações aos níveis normais.

Além do reflexo negativo da interrupção, a Fastly também lida com atrasos na implantação da sua infraestrutura global de otimização da entrega de conteúdo. De acordo com Bixby, o tráfego estará normalizado na rede em 2021, porém depois do que havia sido originalmente previsto.

Resultados e perspectivas da Fastly

Joshua Bixby (Fonte: CNBC/Reprodução)Joshua Bixby (Fonte: CNBC/Reprodução)Fonte:  CNBC 

A receita da Fastly no segundo trimestre de 2021 teve um crescimento de 14% em relação ao mesmo período no ano passado. O resultado de US$ 85,02 milhões (R$ 440 milhões) ficou cerca de US$ 1 milhão abaixo do previsto. No entanto, o prejuízo por ação ajustado ficou em US$ 0,15, o que supera em US$ 0,03 o valor previsto pelos analistas.

A Fastly também projeta uma perda ajustada no terceiro trimestre de US$ 0,21 a US$ 0,18 por ação, com uma receita esperada entre US$ 82 milhões a US$ 85 milhões. Os valores são abaixo das perspectivas dos analistas da consultoria Refinitiv, que apostavam em uma perda de US$ 0,09 por ação e receitas de US$ 98 milhões.

A projeção anual feita pela Fastly foi uma perda ajustada entre US$ 0,65 e US$ 0,57 por ação e receitas entre US$ 340 milhões a US$ 350 milhões. Especialistas da Refinitiv apontavam uma perda de US$ 0,43 por ação e receitas de US$ 382,8 milhões.

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