O Keynote da Apple não serviu apenas para relevar os novos iPhones, iPad e Apple Watches: o Apple TV+ e o Apple Arcade, respectivamente serviços de streaming e de assinatura de jogos receberam datas de lançamento e preços, com ambos sendo lançados no Brasil simultaneamente com outros países.
O principal, cada serviço custará apenas R$ 9,90 por mês.
Apple TV+ estreia no Brasil dia 1º de novembro
Vamos falar primeiro do Apple TV+, que embora chegue depois, é o serviço mais esperado e o com munição mais pesada. A Apple deixa claro que está disposta a brigar de igual para igual com as demais plataformas de streaming, mas a seu modo e focando não em quantidade, mas na qualidade de suas produções originais.
Para isso ela recrutou pesos pesados como JJ Abrams, Steven Spielberg, Oprah Winfrey, Reese Witherspoon, Jennifer Aniston, e M. Night Shyamalan, entre outros, para criarem produtos alinhados com a filosofia de Cupertino, atrações para toda a família e histórias que agreguem conteúdo. Embora esteja claro que sexo, palavrões, violência e conteúdos controversos não terão vez, os trailers exibidos até agora mostram que talvez, TALVEZ a Apple não precise mesmo fazer a Netflix e apelar para vender.
Falando do serviço em si, a Apple anunciou que o Apple TV+ será lançado simultaneamente em 100 países, surpreendente Brasil incluso na leva, o que é um avanço frente ao tratamento dado ao país por outras empresas; o Disney+, que estreia dia 12 de novembro nos EUA só chega por aqui em 2020, enquanto o HBO Max pode nem dar as caras graças a um imbróglio com nossas leis, que enquadram o serviço da WarnerMedia como propriedade cruzada.
A estratégia da Apple para seus lançamentos também será diferente do formato “maratona”: cada nova atração terá seus três primeiros episódios liberados na estreia, com os demais chegando semanalmente.
Os vídeos do Apple TV+ estarão disponíveis online e offline e num primeiro momento, poderão ser acessados através de dispositivos Apple pelo app da Apple TV, a saber iPhone, iPad, iPod Touch e Apple TV, obviamente. O Mac receberá o suporte ao serviço em outubro, com o macOS Catalina.
A Apple deixa claro, entretanto que o serviço não é exclusivo a donos de iGadgets: ele estará disponível na web no endereço tv.apple.com, acessível via Safari, Firefox e Chrome, em Smart TVs da Samsung de modelos mais recentes, no Amazon Fire TV e em outros dispositivos. Nada foi dito sobre Android because reasons, mas se levarmos em conta que o robozinho conta com o Apple Music, é de se esperar que o Apple TV+ também seja disponibilizado lá.
Entre as obras confirmadas para a estreia estão For All Mankind, uma reinterpretação da Corrida Espacial onde os soviéticos chegaram primeiro à Lua, See, estrelada por Jason Momoa e Alfre Woodard, The Morning Show, com Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carell (uma das mais caras, custando cerca de US$ 12 milhões/episódio), Dickinson (uma comédia baseada na vida e obra da poetisa Emily Dickinson), Snoopy no Espaço, uma nova animação com os queridos personagens de Charles Schulz e The Elephant Queen, documentário sobre a vida de uma família de elefantes africanos, narrado por Chiwetel Ejiofor.
Na fila, estão produções como a nova versão de Amazing Stories de Steven Spielberg e a desencruada Trilogia da Fundação, a obra-prima de Isaac Asimov, que nem Hari Seldon sabe quando estreia.
Agora os preços: o Apple TV+ chega ao Brasil com uma mensalidade inacreditável de R$ 9,90, sem limite de telas ou de resolução, em um plano familiar de até 6 pessoas. Os interessados poderão testar o Apple TV+ por 7 dias gratuitamente, antes de assinar o plano.
A maçã deixa claro que seu principal inimigo é a Netflix (plataforma que a empresa nunca levou em conta para nada, diga-se de passagem), que com sua política de planos separados por resolução e reprodução simultânea acabou de se tornar bem menos interessante, mesmo contando com um catálogo maior e bem variado.
Sem falar que os serviços da Disney e WarnerMedia ainda nem chegaram.
Apple Arcade chega ao Brasil dia 19 de setembro
Ainda falando de serviços, há o Apple Arcade. O plano de assinatura de jogos da maçã é semelhante ao Xbox Game Pass, EA Access e uPlay+, dando acesso a uma seleção de títulos jogáveis no iPhone, iPad, Mac, Apple TV ou iPod Touch, com sincronização de progresso: comece em um gadget, continue no outro.
A Apple também fechou parcerias com estúdios e desenvolvedores renomados do mercado de games, de modo a disponibilizar títulos em sua maioria exclusivos (não é o caso de Enter the Gungeon e Shantae and the Seven Sirens, ambos multiplataforma), que tenham a ver com a proposta da Apple de diversão para todas as faixas etárias e tragam conteúdos que agreguem e contem histórias interessantes.
Assim como o Apple TV+, a assinatura do Apple Arcade dá direito a um plano familiar, onde até 6 pessoas poderão curtir os mais de 100 jogos disponíveis a partir de 19 de setembro, data de estreia do serviço. Ele chega junto com o iOS 13 em 150 países, Brasil incluso e por isso mesmo, estará num primeiro momento disponível apenas para donos de iPhones e iPods Touch.
A seguir, os donos de Macs poderão curtir os jogos do plano em outubro, com o lançamento do macOS Catalina; os últimos da fila serão o iPad e a Apple TV, que terão o acesso liberado somente no dia 30 de novembro, mesmo com o iPadOS e o tvOS 13 sendo lançados bem antes, no dia 30 de setembro. A ideia da Apple, como sempre, é forçar a venda de iPhones.
Entre os títulos disponíveis no primeiro dia e destacados pela Apple, estão Frogger in Toy Town da Konami (tendo Castlevania, Contra e Metal Gear me saem com Frogger, mas enfim, conteúdo para toda a família, lembra?), Shinsekai: Into the Depths da Capcom, Sayonara Wild Hearts e The Pathless, ambos da Annapurna Interactive.
O Apple Arcade também custará R$ 9,90 no Brasil, mas diferente do Apple TV+, ele não conta com um período de testes.
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