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As 10 maiores bilheterias do cinema de todos os tempos

Desde que os Irmãos Lumière encantaram plateias com seus filmes no final do Século XIX o cinema tem feito parte da vida de milhões de pessoas. A indústria e os criadores disputam entre si quem traz as maiores bilheterias, e todos querem ser lembrados por ter criado um fenômeno cultural que transcende o tempo, mas quais são esses filmes campeões?

Não é tão simples montar uma lista de maiores bilheterias, é preciso levar em conta a inflação, do contrário somente teríamos avengeiros na lista. Em verdade mesmo ajustando pela inflação, há uma injustiça ainda, pois a população eram bem menor no passado, e mercados inteiros como a China não existiam 30 ou 40 anos atrás.

Mesmo assim, somente para fins de entretenimento vamos conhecer as 10 maiores bilheterias de todos os tempos:

10 – Star Wars – O Despertar da Força – 2015

Faturando o equivalente a US$2,20 bilhões (todos os valores estão corrigidos para 2019) o filme veio dez anos após o Vingança dos Sith, um filme que terminou pra baixo e deixou todo mundo com um gosto ruim de Jar Jar Binks na boca. O Despertar da Força seria o Star Wars de JJ Abrams, a nova geração.

Alguns reclamaram que o filme era um remake do Star Wars original, e Rey realmente era basicamente Luke Skywalker 15% mais menina, mas foi um bom remake, atualizou a mitologia, introduziu novos personagens e trouxe de volta antigos. Todo marmanjo que se preza abriu o berreiro com “Chewie, we are home!

9 – Doutor Jivago – 1965

Com mais de três horas de duração e tendo como pano de fundo a Revolução Russa, Dr Jivago não deveria ter sido tão popular, mas 248 milhões de pessoas assistiram à versão de David Lean para o romance de Boris Pasternak. É uma daquelas histórias épicas que se espalham por décadas, envolvendo romance, tragédia, traição e gulags, e compreensivelmente tanto o filme quanto o livro foram banidos na União Soviética.

O impressionante sucesso de Dr Jivago o mantém até hoje na lista das maiores bilheterias, com US$2,23 bilhões, e dificilmente Hollywood fará algo tão épico que ressoe tanto entre tantos espectadores.

8 – Os Dez Mandamentos – 1956

A história do Êxodo graças a esse filme talvez seja a mais conhecida passagem do Velho Testamento. Dirigido e produzido por Cecil B. DeMille, Os Dez Mandamentos é um daqueles raros filmes perfeitos, e Charlton Heston é tão pica das galáxias que ele faz Moisés E Deus.

Mesmo sendo de 1956, os efeitos visuais impressionam; conseguem ser melhores e mais bem-feitos do que a versão da emissora do Bispo, se bem que pensando bem isso não é vantagem, mas é inegável como o filme empolga e a gente fica torcendo pro Moisés sentar a mão naquele Goa’uld maldito do Yul Brynner.

7 – E.T. – O Extra-Terrestre – 1982

Com US$2,48 bilhões de bilheteria, E.T. mereceu cada centavo disso. Enquanto os outros filmes até agora faturaram em média dez vezes o seu orçamento, E.T. faturou 75 vezes o que custou. É uma obra-prima de um diretor especializado em obras-primas.

Em E.T. Spielberg conta a história de um pequeno alienígena que se perde na Terra, é acolhido por um garoto e tem que achar um jeito de ligar para casa. O personagem, criado por Carlo Rambaldi é alienígena o bastante para não ser visto como um sujeito numa fantasia, mas imensamente emotivo. A trilha de John Williams garante momentos épicos como a cena das bicicletas. 38 anos depois, se você não viu precisa ver ET. Ah sim, a Drew Barrymore cresceu e virou a moça d’As Panteras. Não se assuste.

6 – A Noviça Rebelde – 1965

Sim, foi um ano e tanto, dois filmes entre as maiores bilheterias de todos os tempos. E no caso, um musical, algo que não costuma cair em todos os gostos, mas a história da Família Von Trapp era sedutora demais. Um Capitão da Marinha Austríaca, criando sete filhos com extrema disciplina contrata uma noviça de uma abadia próxima para servir de babá. Aos poucos a noviça ganha a confiança das crianças.

Ah sim, isso se passa na Áustria em 1938, e o Capitão não gosta da idéia de ser convocado para servir na Marinha Nazista, e a família tem que fugir para a Suíça, em meio a músicas e cenários deslumbrantes.

O mais legal: A família Von Trapp existiu e a história é mais ou menos real, o que ajuda a explicar os US$2,55 bilhões que o filme faturou no mundo todo, eternizando Julie Andrews como a queridinha da América.

 

5 – Vingadores – Ultimato – 2019

Em todos esses anos nessa indústria vital eu nunca soube de um arco tão ambicioso quanto o Universo Cinematográfico Marvel. Em verdade vivemos a era de ouro dos filmes de super-heróis, por mais que o Scorsese não goste. Ultimato foi a culminação de onze anos de histórias tecidas e entremeadas levando a esse momento.

Um elenco imenso, todo mundo com uma história, todos conhecidos, todos com seu tempo de brilhar. Ultimato foi mais que um filme, foi uma experiência. Qual o momento mais épico? O Capitão e o martelo? A frase final de Tony Stark? Danvers chegando e Thanos desesperado comandando RAIN FIRE? Tanto faz, no final Endgame faturou US$2,7 bilhões, e o mais engraçado foram críticos dizendo que “fracassou” por não ter atingido US$3 bi.

4 – Star Wars – 1977

O quê dizer de Star Wars? Ser uma das maiores bilheterias de todos os tempos é quase irrelevante, comparando com o impacto cultural. Guerra nas Estrelas criou o conceito de “Filme de verão”, um fenômeno que atravessa e une gerações, em alguns lugares Jedi é reconhecido como religião.

O filme de George Lucas faturou US$3.04 bilhões com o conceito de reviver e remixar os velhos seriados de cinema, filmes de guerra, tradições orientais. Não que Star Wars seja um filme de referências, é um filme de inspirações, e não tenha dúvida, gerações que ainda não nasceram assistirão novos filmes dessa saga nos cinemas.

Hardware Wars. O primeiro de todos os fan films, homenageado com uma referência hilária n’O Último Jedi.

3 – Titanic – 1997

Titanic foi (dsclp) um divisor de águas. James Cameron conseguiu criar um filme extremamente detalhista, ultrapassando e ampliando os limites da tecnologia. De simulações de água a dublês digitais, técnicas que hoje são comuns foram inventadas em Titanic. A história do naufrágio mais famoso da História foi eximiamente contada, e para desespero dos haters, Cameron ainda enfiou um romance.

Isso ajudou a humanizar a história, serviu como fio condutor e mexer com as emoções de milhões de meninas românticas, faturando US$3,08 bilhões, mesmo com o indesculpável erro de colocar estrelas aleatórias e duplicadas no céu noturno.

2 – Avatar – 2009

Bela raba.

James Cameron não se contentou em ter uma das maiores bilheterias de todos os tempos, correu atrás e conseguiu outra. Avatar é um deslumbre visual com uma história simples, o bom e velho arquétipo do bem contra o mal, povos da floresta contra a malvada civilização, sabedoria ancestral, etc, etc.

Da mesma forma que um omelete excelente pode ser feito com apenas ovo e sal, Avatar se propôs a contar uma história sem nenhuma sofisticação, e para isso James Cameron criou todo um mundo alienígena que em minutos aceitamos como real. E ainda fez tudo isso em 3D. Foram US$3,257 bilhões de bilheteria, e diz ele ainda vem mais dois filmes por aí.

1 – E o Vento Levou – 1939

Até hoje acadêmicos tentam entender as conjunções culturais e cronológicas que fizeram E o Vento Levou fazer tanto sucesso. E não foi só nos EUA, no mundo inteiro as pessoas fizeram fila para ver uma história de uma heroína que só toma na cabeça, perde tudo e ainda leva um pé na bunda no final.

Dito assim soa uma análise cínica, mas a história foi adaptada soberbamente do romance de Margaret Mitchell. Em uma época aonde Hollywood ainda descobria a cor, E o Vento Levou usava e abusava das palhetas. Dinheiro não foi poupado em busca dos melhores efeitos visuais, melhor diretor de fotografia, melhor diretor e melhor produtor. Mais de mil atrizes foram testadas para fazer Scarlett O’Hara.

E o Vento Levou venceu o teste do tempo e continua a maior bilheteria de todos os tempos, com US$3,7 bilhões, e por mais que as gerações sensíveis o considerem problemático, ninguém jamais tirará seu pioneirismo, incluindo ser o primeiro Oscar para uma pessoa negra, a atriz Hattie McDaniel.


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