Back 4 Blood e seu sistema de cartas: imersão vs diversão

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Quando a Turtle Rock Studios anunciou o Back 4 Blood, ficou claro que eles não teriam o menor pudor de aproveitar muito do que havia dado certo no Left 4 Dead. Criadores do jogo de zumbis que fez tanto sucesso no Steam, a desenvolvedora percebeu que havia um espaço deixado pela franquia controlada pela Valve e apostou que os fãs não se incomodariam se um novo capítulo fosse lançado com outro nome e algumas modificações na sua estrutura.

Back 4 Blood

Crédito: Divulgação/Turtle Rock Studios

Entre as novidades implementadas para o jogo está a maneira como a inteligência artificial interferirá na campanha, o que em Back 4 Blood será conhecido como Game Director. Tomando decisões de acordo com o desempenho dos jogadores, ela ficará responsável por “coreografar o mundo” à nossa volta, enviando zumbis e fazendo com que cada partida seja diferente da anterior. A ideia é fazer com que o fator replay seja quase infinito, já que não saberemos o que nos aguardará adiante.

Mas antes que os fãs do Left 4 Dead me xinguem, eu sei que este conceito foi implementado no primeiro jogo há vários anos, inclusive com um nome parecido, mas aqui ele será um pouco diferente. Ao iniciar uma partida seremos apresentados a um conjunto de Cartas de Corrupção escolhidas pelo Diretor, o que poderá fazer, por exemplo, com que uma determinada construção esteja sem iluminação, com a escuridão adicionando um novo desafio, ou fazendo com que um grupo de mortos-vivos surja com algum tipo de mutação.

Haverá também alguns objetivos que os jogadores precisarão cumprir, como chegar ao final de um estágio dentro de um tempo determinado e embora o sistema possa parecer apenas um enfeite para a inteligência artificial, o conceito se torna mais interessante ao sabermos que os jogadores também poderão montar seus próprios decks para responder às ações do Diretor.

Será graças a elas que poderemos ter um aumento na estamina dos nossos personagens; acesso a uma quantidade maior de munições; receber mais itens ao coletar loot ou desferir ataques corpo-a-corpo mais poderosos. Imagine receber um acréscimo de saúde sempre que matarmos um inimigo usando fogo, com os modificadores sendo ganhos conforme jogamos e decks específicos podendo beneficiar especialistas em demolição, melee ou médicos.

Crédito: Divulgação/Turtle Rock Studios

O que deixou algumas pessoas preocupadas foi a possibilidade do sistema de cartas não passar de uma porta de entrada para microtransações, com a Turtle Rock Studios escondendo boa parte da diversão do Back 4 Blood atrás de uma barreira de cobrança. Porém, de acordo com um breve esclarecimento publicado pela desenvolvedora, podemos ficar tranquilos, pois as cartas não serão vendidas. Eles até disseram que algumas poderão ser oferecidas através de DLCs pagos no futuro, mas nunca no modelo pay-to-win.

Já em relação às skins que poderemos utilizar para modificar nossos personagens, elas também serão recebidas conforme jogarmos e embora exista planos para o lançamento de uma loja para esses itens, o estúdio garante que eles serão puramente cosméticos, sem a menor chance de afetarem a jogabilidade.

E como (pelo menos por enquanto) está descartada a possibilidade do sistema de cartas estar de olho apenas nos nossos bolsos, o que me preocupa é a maneira como elas poderão afetar a experiência. No papel acho legal a ideia de podermos interferir no desenrolar das partidas de acordo com os modificadores que utilizarmos, mas será que isso não acabará prejudicando a imersão?

Tudo bem, um apocalipse zumbi está longe de ser algo realista, mas sempre que entro numa partida de Left 4 Dead, uma das coisas que mais me agrada é saber que serei somente eu e três amigos contra uma inteligência artificial que, pode ou não estar de mau humor. Sem itens milagrosos, sem a ajuda do acaso e podendo contar apenas com a comunicação do grupo.

Pode ser que no final das contas essa proposta do pessoal da Turtle Rock Studios se mostre muito mais divertida e capaz de estender a jogatina por muito mais horas, mas confesso estar com medo deles estragarem a brincadeira ao misturar um jogo de tiro em primeira pessoas com baralho. Uma solução seria nos permitir jogar sem utilizarmos tais cartas, mas como eles não confirmaram que isso será possível, resta torcer para que tenham tomado a decisão correta.

Com lançamento previsto para 12 de outubro, Back 4 Blood terá versões para PC, Xbox One, Xbox Series S|X, PlayStation 4 e PlayStation 5.

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