Calma, a Nintendo ainda não desistiu do mobile

[ad_1]

Quando há alguns anos a Nintendo passou a lançar alguns jogos para mobile, sabíamos que com aquele movimento a empresa estava mirando em um bônus, não numa tentativa de deixar os consoles. Mesmo assim, foi um tanto surpreendente quando recentemente a Bloomberg publicou um artigo afirmando que a BigN poderia estar abandonando o tão lucrativo mercado dos tablets e smartphones.

Animal Crossing: Pocket Camp - Nintendo mobile

Apesar de alguns títulos da companhia terem feito sucesso nos tablets e smartphones, como por exemplo o Animal Crossing: Pocket Camp, a alegação foi de que o negócio nunca engrenou para valer, com os planos de faturar US$ 1 bilhão por ano nunca tendo saído do papel.

Uma explicação para este insucesso estaria numa mistura de apostas equivocadas, como assinaturas pagas para jogos como Super Mario Run e Mario Kart Tour, e um temor por parte da Nintendo em adotar práticas muito comuns no mercado mobile, como forçar o gasto recorrente e a implementação de mecânicas que muitos associam a apostas. Para os executivos da BigN, isso poderia prejudicar a imaginem da empresa japonesa, que normalmente é vista como os mocinhos da indústria.

Eis que baixada a poeira, durante uma sessão de perguntas e respostas (PDF) realizadas com acionistas, o presidente Shuntaro Furukawa tratou de jogar água fria no rumor de que a divisão mobile da Nintendo estaria com os dias contados. Ao ser questionado se a sua opinião em relação a este mercado mudou, o executivo respondeu:

Além de gerar receita e lucro, a nossa estratégia básica com o mercado mobile é expandir o número de pessoas que tem acesso às franquias da Nintendo. Por exemplo, nós ampliamos a base de fãs para franquias da Nintendo como Animal Crossing, Fire Emblem e Mario Kart e, ao fazer isso, aumentamos nossos pontos de contato com os consumidores. O mercado mobile também é estrategicamente importante para a expansão das Contas Nintendo, que suporta o nosso relacionamento com os consumidores.

As vendas do mercado mobile não representam uma porcentagem muito grande do negócio geral da Nintendo, mas o mercado mobile em si é significativo, pois fornece a uma ampla gama de consumidores uma maneira diferente do Nintendo Switch de continuar jogando com as franquias da Nintendo por um longo período. Quando a distribuição do Animal Crossing: Pocket Camp começou no outono de 2017, por exemplo, ele apresentou a série Animal Crossing a muitas mulheres e consumidores dos EUA e posteriormente estes mesmos consumidores compraram o Animal Crossing: New Horizons e um Nintendo Switch.”

Acredito que esta última parte da declaração de Furukawa talvez seja a parte mais importante desta história. Desde o início a intenção da Nintendo sempre foi utilizar o mercado mobile como uma plataforma de divulgação de suas marcas. Para quem acompanha a indústria há muito tempo, pode parecer absurdo pensar em alguém que não conheça um The Legend of Zelda, um Animal Crossing ou até mesmo um Super Mario Bros., mas a verdade é que ainda existe um sem-número de pessoas que nunca ouviram falar nessas franquias.

O próprio Shigeru Miyamoto já afirmou que um dos planos da Nintendo é se tornar tão grande quanto a Disney, o que invariavelmente passará por um processo de convencer os pais de que não há problemas em permitir que seus filhos joguem videogame. Pensando assim, será que existe maneira melhor de fazer isso do que transformar os pais em jogadores?

Pois é aí que os jogos para dispositivos mobile podem ter um papel importante para o sucesso deste ambicioso plano. Porém, se a Nintendo não for capaz de se desvincular da ideia de que jogar nessas plataformas não passa de nos dedicarmos a caça-níqueis, o que serviria como uma porta de entrada para muita gente poderá ter o efeito inverso.

Fonte: Gamingbolt.

[ad_2]
Source link

× Consulte-nos!