Câmera de tipo mutante promete revolucionar smartphones

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A inovação das câmeras de celular tem sido uma das principais metas de diversas empresas. Entre as companhias com mais força no mercado dos dispositivos móveis está a Samsung, que continuou a trabalhar com ideias e soluções para melhorar cada vez mais a qualidade e versatilidade da captura de imagens em seus dispositivos móveis. Em 2020, a empresa pode dar o próximo grande passo, com a implementação e o uso de uma câmera mutante, com capacidade de tornar o recurso mais versátil, com maior foco e partes óticas menores.

O desenvolvimento desse tipo de tecnologia vem sendo planejado desde 2005, quando a Samsung começou a trabalhar para desenvolver um celular com uma câmera de lente líquida e capacidade de zoom ótico. Na época, porém, esse tipo de tecnologia ainda era muito caro e muito grande para ser implementado em dispositivos móveis. Por meio de uma parceria com a Varioptic, a empresa até anunciou que lançaria um aparelho com o recurso no fim daquele ano, mas o plano não se concretizou.

A partir de 2017 essa tecnologia mutante voltou à tona, quando a Varioptic se tornou parte da Corning, fabricante das películas de vidro do celular. Coincidentemente, na mesma época a Samsung começou uma parceria estratégica com a empresa, e a partir de então a câmera voltou aos planos da companhia para seus dispositivos móveis. Assim sendo, há uma expectativa grande com relação ao Samsung Galaxy S11, que contará com a nova tecnologia.

Câmera (Fonte: Phone Arena/Reprodução)
(Fonte: Phone Arena/Reprodução)

O funcionamento das lentes líquidas

Esse tipo de lente é composto por um líquido capaz de mudar de forma rapidamente. O que difere essa tecnologia é sua capacidade de alterar a angulação devido à mobilidade do material. Além disso, vale ressaltar que a mutação da lente acontece por meio de ativação remota e com uma rapidez extrema, de cerca de 1 milissegundo.

As lentes tradicionais são compostas de vários elementos óticos, uma vez que um só não é capaz de gerar resolução suficiente. No caso da câmera mutante e líquida, o diferencial é sua capacidade de contar com múltiplos elementos de design de lentes, o que possibilita maior velocidade e flexibilidade para o recurso. Essas características tornam a nova tecnologia ideal para usos que requerem posições múltiplas, em que os objetos têm tamanhos variados ou estão a diferentes distâncias da lente.

Levando em conta as caraterísticas desse tipo de lente, é possível imaginar o problema que impediu a Samsung de utilizá-lo em 2005. Sua tecnologia já era devidamente responsiva para ser aplicada na época, porém ela não dispunha de elementos tecnológicos suficientemente bem desenvolvidos para uma performance total. Para o ano que vem, entretanto, a história é outra.

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