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Centro de P&D da EMC no Rio de Janeiro

A EMC foi fundada em 1971 por Dick Egan e Roger Marino (os “E” e “M” do nome da empresa; o C foi incorporado mais tarde, quando dois novos sócios, Connely e Curly, se juntaram a Egan e Marino). Seu objetivo era fabricar chips de memória para computadores, missão na qual foi muito bem sucedida, sendo a primeira empresa a fabricar placas de memória com capacidade de 64 KB. E contenha seu sorriso: lembre que isto ocorreu nos idos de 1981, quando a maioria das máquinas eram “de oito bits”, nas quais 64 KB era o maior espaço de endereçamento possível. Depois, dedicou-se ao armazenamento seguro de enormes quantidades de dados – isto bem antes de surgir o conceito de “ big data ” – e passou a fabricar e comercializar o Simmetrix, um poderoso dispositivo de armazenamento composto por vetores (“ arrays ”) de discos rígidos que utilizava replicação local ou remota de dados e foi o principal responsável pelo crescimento explosivo da EMC. Um crescimento que a levou a ser o gigante de hoje, ocupando a liderança mundial no fornecimento da “TI como serviço”. Mas tudo isto é passado. E só veio à tona agora graças à mente arejada de Dick Evans, que já lá pelos anos oitenta do século passado procurou voltar os rumos da empresa para a inovação em escala mundial, pois estava certo de que o estreito contato com diferentes culturas e a “garimpagem” de talentos em todo o mundo transformaria a EMC em uma instituição de mentalidade inovadora. E se Dick Egan, que nos deixou em 2009 aos 73 anos, ainda estivesse entre nós, estaria duplamente feliz nesta última quarta-feira, 14/05. Primeiro porque foi o dia da inauguração do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Big Data da EMC no Rio de Janeiro, seguindo sua teoria de globalização da busca de talentos. Depois, porque o Centro foi batizado em homenagem a ele e sua mulher: “Centro de Pesquisa Richard J. Maureen E. Egan”. Figura 1: Centro de Pesquisa Richard J. Maureen E. Egan (Reprodução/Internet) O Centro, uma magnífica edificação projetada por Paulo Musa, está integrado ao Parque Tecnológico UFRJ, na Ilha do Fundão e consumiu boa parte dos US$ cem milhões que a EMC se comprometeu a investir no Brasil em cinco anos. Será o ponto de irradiação das inovações de conhecimentos da EMC nos campos de petróleo e gás e, mesmo antes de ser inaugurado (o centro já está em funcionamento parcial desde 2011, mesmo antes de terminada a edificação) já gerou três patentes, uma delas especificamente sobre compressão de dados sismográficos obtidos na prospecção de petróleo, hoje feita no “Maracanã”, esta máquina poderosíssima que vocês veem na Figura 2 e que é apenas uma das muitas já em pleno funcionamento no CPI do Centro de Pesquisas. Figura 2: Angelo Ciarlini, gerente de Pesquisa do Centro de P D em frente ao “Maracanã” (Reprodução/Internet) Mas por que no Brasil? Mais especificamente, por que no Rio de Janeiro? Bem, esta parte do “porque me ufano” foi explicada por Brian Gallagher, presidente mundial da Divisão de Enterprise e Middle Range Storage da EMC, durante a entrevista coletiva que antecedeu à cerimônia de inauguração. Segundo ele, há outros países onde jorra petróleo e estão ávidos por analisar os dados produzidos por esta atividade. Como exemplos, citou a Rússia, o Canadá e alguns países do Oriente Médio. Mas o Brasil foi escolhido graças às características “do povo” – provavelmente querendo se referir principalmente àquilo que nós chamamos de “jeitinho brasileiro” quase sempre no sentido pejorativo mas que, em um centro de pesquisas de alto nível tem um valor incalculável em termos de criatividade. E no Rio de Janeiro porque é o estado onde a produção e pesquisas ligadas a petróleo e gás assume maior relevo. Figura 3: Karin Breitman, Brian Gallagher e Carlos Cunha na entrevista coletiva (Reprodução/Internet) Na entrevista coletiva, além de Gallagher estavam ainda presentes Karin Breitman, Diretora e Cientista Chefe do Centro de P D, e Carlos Cunha, Diretor Presidente da EMC Brasil, que discorreram sobre o Centro e seu papel. Que não é desprezível: Será dele a coordenação das atividades da EMC em todo o mundo no que tange a pesquisas e descobertas no segmento de aquisição, análise, visualização, mobilidade e colaboração de dados geológicos, geofísicos, de engenharia e de negócios no setor de petróleo e gás. Mas não somente isso. O Centro de P D trabalha também em projetos de outras áreas ligadas à aplicação da tecnologia de armazenamento e recuperação de enormes volumes de dados (“ big data ”), computação em nuvem e o que mais tenha a ver com inovação nessas áreas. Por exemplo: ao final da cerimônia de inauguração do Centro DE P D, foi firmado um acordo de cooperação conjunta entre a EMC e o Município do Rio de Janeiro para criar, validar e implementar tecnologias inovadoras visando fazer do Rio uma “Cidade Inteligente” (“ Smart City ”). Para isto será implantado um sistema de gestão de informação urbana que colete e analise dados em tempo real e desenvolva simulações e análises baseadas em séries históricas com o objetivo de garantir que a metrópole venha a se tornar um organismo ágil e sustentável. Espera-se alcançar este objetivo com as atividades conjuntas do Programa Estratégico do Rio de Janeiro e a especialização da EMC no armazenamento, gerenciamento e análise das enormes quantidades de dados que uma cidade do porte do Rio de Janeiro gera diariamente. Além destas, não se pode esquecer da inevitável parceria do Centro de P D da EMC com a UFRJ, já que o centro ocupa um terreno de seu Parque Tecnológico. E de outras tantas parcerias, como as estabelecidas com a UFF (Universidade Federal Fluminense), PUC (Pontifícia Universidade Católica) e com os demais centros de pesquisas brasileiros que participam do Programa Estratégico de Software e Serviços de TI do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI). O prédio do Centro de P D da EMC no Parque Tecnológico da Ilha do Fundão ocupa uma área de três mil distribuída por seus quatro andares. Nela trabalharão 80 pesquisadores e, além do Centro de P D, ela abriga laboratórios de desenvolvimento de soluções, um “ Executive Briefing Center ” e uma área reservada para pesquisas levadas a cabo conjuntamente pela EMC e seus clientes e parceiros. Do ponto de vista ambiental, a construção usou tecnologia de ponta aderente aos padrões LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que adota elementos sustentáveis em eficiência energética, conservação de água e espaço verde. GPC20140515_4 A inauguração, que contou com a presença do Governador do Estado do Rio de Janeiro, personalidades da área científica e acadêmica e um punhado de entusiasmados executivos e pesquisadores da EMC ocorreu às 14 horas desta última quarta-feira. E representou um marco no campo de Pesquisa e Desenvolvimento no setor da TI no Brasil. B. Piropo saiba mais Veja todos os artigos de B. Piropo MSX Rio: um Grupo em torno de um ideal Muito, mas muito atrás da Letônia

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