China põe em órbita satélite para internet 6G

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A bordo do foguete chinês Long March 6, 13 satélites foram lançados ao espaço no último dia 5 – um deles, porém, é especial: é o primeiro a ser testado dentro do programa chinês de desenvolvimento da sexta geração de dados móveis, ou 6G.

O satélite UESTC, conhecido como Tianyan 05.O satélite UESTC, conhecido como Tianyan 05.Fonte:  University of Electronic Science and Technology/Divulgação 

“O 6G virá da combinação da rede de comunicação por satélite com a terrestre. Esperamos que ela seja até cem vezes mais veloz do que o 5G. Sua banda de frequência está configurada para se expandir do espectro de ondas milimétricas do 5G para o espectro tera-hertz”, disse o engenheiro Xu Yangsheng, da Academia Chinesa de Engenharia, à emissora estatal CCTV.

Segundo ele, “este satélite experimental marca a primeira vez em que a tecnologia de comunicação desse espectro será analisada em ação no espaço”.

Pesando cerca de 70 kg, segundo a agência de notícias estatal Xinhua “o satélite da Universidade de Ciência Eletrônica e Tecnologia (UESTC, também conhecido como Tianyan 05) será usado principalmente para monitoramento remoto do solo e de desastres agrícolas e florestais. Ao mesmo tempo, testes relacionados de cargas de comunicação em tera-hertz serão realizados nesta plataforma de satélite”.

Um ano de pesquisas

A China (e mesmo empresas como Huawei, ZTE, Xiaomi, China Telecom e Samsung) tem pesquisado sobre a próxima geração de dados móveis desde a chegada do 5G ao país, em novembro de 2019.

Para isso, o Bureau de Tecnologia da China buscou, em universidades, instituições e empresas, 37 especialistas em telecomunicações. Seu trabalho inicial era traçar um plano para o desenvolvimento do 6G e comprovar sua viabilidade científica.

“Eles vão projetar um plano de pesquisa específico para 6G e realizar pesquisas preliminares”, disse à época o vice-ministro do Bureau de Tecnologia, Wang Xi.

O espectro tera-hertz

A frequência do tera-hertz (também chamada de radiação T) é aquela na qual as ondas eletromagnéticas enviadas ficam entre 300 giga-hertz e 3 tera-hertz. No espectro eletromagnético, ela está entre as micro-ondas e o infravermelho. Assim como a primeira radiação, ela consegue penetrar em diversos materiais não-condutores: de nuvens a roupas, de madeira a plástico e cerâmica (mas não metais ou água).

A radiação T já foi usada por cientistas japoneses em 2012, durante a transmissão de dados em rede sem fios usando essa faixa, conseguindo uma velocidade 20 vezes maior que a taxa de transferência padrão (150Mb por segundo).

Sem interferências, a faixa tera-hertz permite a transmissão de dados a uma velocidade de 50 gigabits por segundo – hoje, as redes sem fio alcançam, no máximo, 500 megabytes por segundo.

Internet quântica e IA

Esse não é o único projeto para internet rápida na China ou no mundo: o Quantum Experiments at Space Scale (acrônimo QUESS), lançado ao espaço em 2016, tornou-se o primeiro satélite de comunicação quântica em órbita da Terra. A equipe que une cientistas chineses e austríacos conseguiu, em agosto, desenvolver um protocolo novo e aprimorado para a comunicação quântica.

A última transmissão bem-sucedida partiu do satélite Micius (onde está o QUESS) para os observatórios de Delingha e Nanshan, ambos na China, distantes 1.200 quilômetros entre si. A conexão se estabeleceu através de um link direto.

O satélite Micius, onde está o QUESS.O satélite Micius, onde está o QUESS.Fonte:  Chinese Academy of Sciences/Divulgação 

Enquanto isso, pesquisadores da Universidade Jacobs de Bremen identificaram os fatores cruciais para o desenvolvimento do 6G. As respostas convergiram para um elemento: a inteligência artificial, que será a propulsão para a sexta geração de transmissão de dados e moldará as futuras comunicações.

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