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China revela rocha de aparência estranha na superfície da Lua

A China anunciou a descoberta de um fragmento inusitado de rocha na Lua, descrito por especialistas como um marco para a ciência espacial. O achado é resultado do impacto de um meteoro na superfície do satélite natural da Terra e foi divulgado pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA).

O objeto foi identificado pelo rover Yutu 2, parte da missão Chang’e 4 de exploração do corpo celeste. De acordo com a mídia estatal chinesa, a retomada de atividades da nave encontrou a espécime de rocha após um breve período de “hibernação” no local. Esse destaque ocorre devido a sua forma alongada e pontiaguda, diferentemente da maioria das estruturas lunares.

Segundo Dan Moriarty, membro do Centro de Voos Espaciais Goddard — programa da NASA —, as rochas normalmente apresentam um visual arredondado, em função de forças de intemperismo na Lua. Dessa forma, sua superfície é geologicamente ativa, sendo moldada por impactos brutais de asteroides.

Fragmento seria resultado do impacto de meteorosFragmento seria resultado do impacto de meteorosFonte:  China National Space Administration/Reprodução 

“Impactos repetidos, tensões de ciclos térmicos e outros tipos de intemperismo na superfície lunar tendem a quebrar as rochas em formas mais ou menos esféricas, em determinado tempo”, comentou o especialista ao Space.com. Assim, a hipótese mais difundida é a de que o fragmento seria relativamente jovem e teria chegado há pouco tempo à Lua.

O próximo passo do estudo será o de analisar a composição do material para determinar sua origem completa. Para isso, a equipe responsável pelo trabalho utilizará um espectrômetro de imagem visível e infravermelho, chamado de “Visible and Near-infrared Imaging Spectrometer” (VNIS). Esse instrumento é conhecido por investigar uma série de amostras de rochas e regolitos na cratera Von Kármán, localizada no sudoeste do satélite.

Logo, os dados fornecidos pelas detecções do VNIS serão importantes para revelar a formação do objeto.  Clive Neal, cientista lunar da Universidade de Notre Dame, destacou que, com base nas imagens, “os espécimes seriam dejetos do impacto de meteoros, ao invés de serem rochas provenientes do interior do corpo celeste”, primeira teoria de seu surgimento.


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