Cientistas querem mandar Arca de Noé para a Lua

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Todo mundo conhece o mito da Arca de Noé: Jeová ficou irritado com o Homem, e resolveu descontar em todas as coisas vivas, mas aí viu que Noé era casado com a Emma Watson, então resolveu salvar alguns escolhidos e todos os animais da Terra. As plantas, azar o delas, que prendessem a respiração. Só que esse não é o único problema do mito.

Representação altamente científica da Arca de Noé (Crédito: Hanna Barbera e Jeová)

O que pouca gente sabe é que a Arca de Noé não só é um kibe, mas kibe de kibe. Ela é mais de 95% idêntica ao Épico de Gilgamesh, que surgiu na Mesopotâmia de 2100 AC, uma das nove versões locais do mito do Dilúvio. Quase toda cultura tem um mito desses, todos ligados a enchentes locais ou ao aumento geral do nível dos mares com o fim da Era Glacial.

Em uma coisa, entretanto os mitos acertaram: Reunir a biodiversidade de um planeta em um local seguro é uma ótima idéia, mesmo que apenas dois exemplares não sejam suficientes para repopular uma espécie com diversidade genética suficiente.

Ache o erro (Crédito: Reprodução internet)

E convenhamos nenhum barco conseguiria conter todos os animais, vegetais e insetos da Terra, sem falar em bactérias, fungos e comentaristas de portal, se bem que esses a gente pode deixar de fora, junto com os unicórnios e dinossauros.

Incrivelmente já temos uma arca assim, é o Cofre Global de Sementes de Svalbard, na Noruega.

Localizada no interior de uma montanha, essa Arca de Noé Vegana contém amostras com 500 sementes de cada uma de 992032 plantas diferentes, representando mais de 13 mil anos de agricultura.

De longe é impressionante, de perto nem tanto. (Crédito: NordGen)

O cofre é protegido contra incêndios, inundações e terremotos, mas mantendo a regra do backup, que quem tem um não tem nenhum, ele não resolve se algo realmente ruim acontecer com a Terra como um todo.

Uma proposta bem ousada quer resolver isso.

Jekan Thanga, cientista da Universidade do Arizona apresentou um paper onde sugere utilizar os túneis de lava da Lua para construir uma Arca de Noé Espacial.

Esses túneis, ou tubos, são espaços criados durante extrema atividade geológica, quando magma impulsionado pelo então líquido núcleo da Lua abrir passagem pelas camadas superiores do solo, deixando para trás espaços vazios. Eles são bem comuns na Terra, e na Lua já identificamos mais que 200.

Tubo de lava na Terra. d’oh. (Crédito: Forbes)

Eles são ideais para serem usados como habitação por futuros colonos, estando vários metros debaixo da terra, eles estão protegidos de radiação e de variações térmicas, e o que é bom para humanos é bom para o DNA.

A Arca de Noé do Professor Thanga ocuparia vários desses tubos. Seria operada por robôs, e armazenaria amostras de sementes, esperma, óvulos e esporos de 6.7 milhões de espécies diferentes.

A temperatura nos tubos de lava lunares fica em média a -25 graus Celsius, mas usando Nitrogênio líquido conseguimos as temperaturas criogênicas necessárias para preservar as amostras indefinidamente.

Entrada de tubo de lava na Lua (Crédito: NASA)

Uma das idéias do projeto é usar levitação quântica para manter as amostras flutuando, assim elas ficariam 100% no vácuo, e a absorção de calor do ambiente seria mínima, mesmo que não houvesse controle de temperatura.

Thanga estima que precisará de 250 lançamentos para estabelecer a infraestrutura, incluindo laboratórios, acomodações e painéis solares, mas com tudo instalado e funcionando, as amostras estariam seguras por centenas, talvez milhares de anos.

Modelo da Arca de Noé Lunar (Crédito: paper em vídeo do Jekan Thanga)

Vai acontecer? Dificilmente, as pessoas são péssimas em planejar para desastres realmente grandes, sempre preferimos acreditar que não vai acontecer com a gente, isso funciona na escala individual e na planetária, então a esperança é que comecemos logo a colonizar outros mundos, assim nossa biodiversidade será preservada na marra mesmo.

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