Cisco discute futuro do vídeo e TV em outras plataformas na ABTA

A Cisco apresentou, nesta quinta-feira (7), a tecnologia chamada de “Future of Video”, que busca diminuir a divisão entre a TV e o mundo online. O modelo pretende também acelerar o fenômeno “Internet das Coisas”, que está aumentando a conectividade entre os objetos do cotidiano, começando pelos aparelhos móveis e os televisores. Samsung lança primeira TV flexível do mundo, com resolução 4K Debate sobre DTH, transmissão digital via satélite, na ABTA 2014 (Foto: Pedro Zambarda/TechTudo) O debate sobre o futuro do vídeo foi realizado na feira da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), que ocorreu em São Paulo, entre os dias 5 e 7 de agosto. A entidade informou que o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) passará a mediar a audiência de conteúdos televisivos visualizados em computadores, tablets ou celulares. Canais que funcionam pela Internet a partir de IPs estão em vantagem em relação a outros modelos de transmissão de vídeo na web, como pelo YouTube, porque preservam a passagem de pacotes de dados. É o que afirma o consultor de engenharia da Cisco Andrey Lee. Esse tipo de conectividade, de vídeo por IP, perde menos informações do que as versões convencionais, o que permite que você pause transmissões ao vivo, grave programas e selecione conteúdos como numa televisão convencional. Andrey Lee, da Cisco, explicou sobre vídeos por IP, para TV paga na internet (Foto: Divulgação/Cisco) saiba mais Como resetar o Chromecast pelo celular ou pelo computador Smart TV ou uma Apple TV: qual comprar? Descubra neste comparativo Como personalizar as legendas da Apple TV  Toda conexão de internet utiliza um número IP, que transmite vídeos, fotos e textos. A conexão de vídeos baseada no IP transmite apenas as gravações audiovisuais, garantindo uma velocidade maior pela exclusividade. Esse tipo de conexão “encapsularia os vídeos” para que apenas eles sejam transmitidos em uma determinada combinação numérica. O recurso é ideal para televisões por assinatura na internet, com menos interferências. Quem faz essa transmissão de vídeos por IP é a própria emissora de TV através de provedores de acesso para o espectador, que paga pelo serviço. No caso do YouTube, por exemplo, não há o uso de vídeo sobre IP porque ele também transmite textos e imagens, ou seja, é mais lento do que esse recurso mais recente. O consumidor que contratar uma assinatura de vídeo por IP, ou IPTV, receberá um equipamento próprio para receber esses sinais. Nos Estados Unidos, a Verzion FiOS oferece 300 canais de televisão por IP em 11 cidades desde 2006. O mesmo provedor anunciou mais 100 emissoras em alta definição em 2009. A tecnologia, segundo o porta-voz, pode mudar a maneira de passar dados multimídia online broadcasting, ou seja, para grandes públicos. O problema são os altos custos de infraestrutura de internet ainda existentes no Brasil. Casa conectada é uma tendência para multimídia “A automação doméstica ainda é exclusiva das classes A e B, mas esse recurso tende a se popularizar com a entrada de empresas fortes do mercado, como a própria Apple”, explicou Renato Pasquini, gerente de telecomunicações da consultoria global Frost Sulivan. Para Pasquini, a automação é uma tendência na tecnologia (Foto: Pedro Zambarda/TechTudo) As casas automatizadas são mais conectadas, porque permitem o controle de portas, ar condicionado, televisão e luz através de um smartphone ou tablet com sistema iOS ou Android. Automação é a aplicação de técnicas de computador para substituir determinadas ações humanas. Essa prática era mais comum na indústria, mas agora está se consolidando na administração das casas. Atualmente, para fazer automação doméstica você precisa gastar pelo menos R$ 10 mil . Isso significa que é uma tecnologia robusta e ainda de pouco acesso à maioria dos consumidores finais. O plano mais básico de automação consiste na instalação de home theater controlável a distância conectado aos televisores, o que inclui os serviços de TV por assinatura. Smartphones e tablets são utilizados no monitoramento.  A TV por assinatura chega aos tablets Net quer levar a TV a cabo para tablets e interagir com a internet (Foto: Pedro Zambarda/TechTudo) “Já estamos conseguindo que você comece a assistir a um filme na televisão, pause e termine de assisti-lo em um tablet na cama, antes de dormir. Com a popularização desse tipo de serviço, ganharemos clientes”, explicou Alessandro Maluf, da Net Serviços. O executivo ressaltou que a procura por transmissão televisiva aumentou com a Copa do Mundo 2014. “As pessoas tiveram interesse em comentar a abertura do evento e os jogos, de uma Copa que deu muito certo. Os vídeos em outras plataformas permitem isso”, afirmou. TVs com resolução 4K superam a visão humana? Opine no Fórum do TechTudo. Para Artie Bulgrin, vice-presidente sênior de pesquisas da ESPN/Disney, a televisão está cada vez mais em múltiplas plataformas. “O que vemos no consumo de informações em smartphones, diferentemente de tablets, é a aquisição de pequenas fatias de dados, como o placar de um jogo esportivo. No caso de tablets é diferente. Eles servem como uma segunda tela de transmissão ou mesmo uma alternativa. Imagine um casal vendo televisão. Se ele não quiser ver o mesmo programa que ela, pode colocar fones de ouvido e assistir o que quiser no tablet”, finalizou.

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