Colisão de matéria escura pode gerar brilho na Via Láctea

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Cientistas detectaram um brilho misterioso na Via Láctea, o qual acredita-se ser resultado da colisão de partículas pesadas de matéria escura no centro da galáxia. Apesar de a fonte da luz ainda não ser totalmente compreendida, pesquisadores da Universidade de Estocolmo e do Centro Oskar Klein para Física de Cosmopartículas, na Suécia, apontaram que o fenômeno pode estar relacionado com o excedente de radiação de raios gama (GCE) e com estrelas de rotação extremamente rápida, chamadas pulsares de milissegundos.

“A parte mais interessante da descoberta é indicar que a matéria escura pode explicar o excesso do centro galáctico, em combinação com observações de galáxias próximas”, disse Mattia di Mauro, líder da nova pesquisa publicada na revista científica Physical Review D. A observação ocorreu após análises da influência do brilho de raios gama em partículas de matéria escura, através de dados do telescópio espacial Fermi Gamma-ray Space, da NASA, em conjunto com experimentos conduzidos na Estação Espacial Internacional.

Para isso, eles utilizaram como método a comparação de efeitos similares em galáxias anãs esferoidais — de baixa luminosidade. Os resultados sugeriram que no momento da colisão de matéria escura — com massa de cerca de 60 gigaelétron volts, 60 vezes a de um próton —, ocorre uma aniquilação na forma de múon e antimúon — partículas elementares semelhantes a elétrons e pósitrons. Caso a hipótese esteja correta, a matéria escura poderia ser replicada e detectada na Terra através de instrumentos já existentes, como pelo Grande Colisor de Hádrons — maior acelerador de partículas do mundo.

Misterioso brilho no centro da Via LácteaMisterioso brilho no centro da Via LácteaFonte:  Live Science/Reprodução 

Entretanto, há um debate na comunidade científica sobre a origem do fenômeno e validade dos resultados da nova pesquisa. Alguns grupos argumentam que não existe uma influência do GCE em partículas de matéria escura com massa inferior a 400 gigaelétron volts, e que o brilho observado é proveniente de estrelas ainda não descobertas.

“Eles optaram por não incluir distribuições estelares em suas análises, o que para mim não é compreensível. Do ponto de vista da física e da estatística, não se deve esquecer que existem muitos emissores potenciais de raios gama ao lado de estrelas”, comentou Oscar Macias Ramirez, astrônomo da Universidade de Amsterdã, em fala divulgada pelo site Live Science.

Ele também afirmou que, caso o excesso de luz seja de fato de pulsares de milissegundos, vindouros telescópios poderão detectar as populações estelares na região e encerrar o debate. Dentre os futuros candidatos para essa função, estarão disponíveis em breve o radiotelescópio Square Kilometre Array (Austrália) e observadores de raios-X e raios gama de alta energia, como o Cherenkov Telescope Array (Chile).

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