Conheça 9 dos maiores Epic Fails da Engenharia

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Engenharia é uma área que costumamos cobrir focando nos casos de sucesso, mas como quase tudo feito por humanos, muitos projetos de engenharia sofrem com falhas, erros, negligência. Alguns são tragédias, alguns são apenas situações vergonhosas.

É uma ponte ou uma montanha-russa? (Crédito: Biblioteca do Congresso)

Como sempre, as regrinhas: Nenhuma ordem em particular, vamos fugir dos tradicionais casos como Titanic, Chernobyl, Bopal e similares. Também, para não estragar o clima, não vamos focar em número de vítimas, até porque em alguns casos a única vítima foi a reputação dos engenheiros envolvidos.

 

1 – Vasa

No Século XVII a Suécia era uma das grandes nações da Europa, envolvida em guerras, intrigas, pacote completo. Para reforçar sua posição como potência naval, o Rei Gustavo Adolfo especificou e ordenou a construção de um navio monstruoso, o Vasa. Com 69 metros de comprimento ele deslocava 1200 toneladas, o mesmo que o contratorpedeiro de escolta da Segunda Guerra Mundial.

O Vasa como deveria ter sido. (Crédito: Roberto Fiadone / Wikimedia Commons)

O Vasa era uma maravilha da engenharia, levando 64 canhões, 300 soldados e 145 marinheiros, e em 10 de Agosto de 1628 ele foi lançado ao mar. Tudo parecia normal, enquanto ele partia de Estocolmo, com as portinholas dos canhões abertas, pronto para uma salva de tiros celebratórios. Eis que um vento súbito bate de lado, inclinando o navio. O bastante para as portinholas inferiores ficarem abaixo da linha d’água.

Rapidamente o Vasa começou a fazer água, e em minutos ele foi para a 32 metros profundidade, junto com 30 pobres-coitados.

Um rigoroso inquérito foi instaurado. O Capitão defendeu a tripulação, a atenção se voltou para os construtores. O chefe do projeto disse que seguiu as especificações do projetista, que estava convenientemente morto, mas mais convenientemente ainda, foi demonstrado que o projetista seguiu as especificações dadas pelo Rei, e a instabilidade (o navio era muito estreito) estava lá desde o início, o projetista até fez o Vasa um tiquinho mais largo pra tentar reduzir o problema.

Incrivelmente preservado. (Crédito: Andy Carvin / Wikimedia Commons)

Com a batata no colo do Rei o assunto foi devidamente esquecido, até 1961, quando o Vasa foi recuperado, trazido à superfície e se mostrou uma imensa cápsula do tempo. Hoje ele é uma das maiores atrações turísticas da Suécia, embora não seja exatamente um triunfo de engenharia.

2 – A Grande Enchente de Melaço

“Ele que dizia que queria morrer doce quando o mundo acabasse em mel”, dizia Di Melo, em seu álbum de 1975, mas mal sabia ele isso já havia acontecido e não foi nada doce, ao menos metaforicamente.

Mais precisamente em 15 de Janeiro de 1919, em Boston, nos EUA. A empresa diretamente responsável era a Purity Distilling Company, uma destilaria que usava melaço de açúcar para produzir álcool.

O melaço chegava em navios e era transferido para um tanque com 15 metros de altura e 27 metros de diâmetro, que comportava 8700m3 da substância.

O tal tanque não era nenhuma maravilha da engenharia. A construção foi supervisionada por t Arthur Jell. Que era qualificado como… tesoureiro. Aço de má-qualidade foi usado no projeto, por ser mais barato. O teste de carga, enchendo o tanque com água e buscando vazamentos foi feito com a quantidade mínima possível.

Resultado da explosão do tanque. No destaque o tanque, ao fundo. (Crédito: Boston Public Library)

O tanque tinha tantos vazamentos que foi pintado de marrom para disfarçar, e a população da região vinha com panelas recolher o melaço que escorria pelas falhas.

Para piorar o tanque só foi enchido até o limite algumas vezes, com barulhos de metal sob stress sendo ignorados apesar dos avisos.

No dia 14 de Janeiro um carregamento final de melaço chegou. Esse melaço era aquecido, para reduzir a viscosidade. Junto a isso veio uma onda de calor, a temperatura aumento de −17 pra 5.0 °C, com o melaço quente aumentando a temperatura do que já estava no tanque.

Como todo bom cachaceiro sabe, melaço mais calor mais micro-organismos presentes no ar é igual a fermentação. A pressão no tanque começou a subir com a formação de CO2, e no dia seguinte, por volta de 12h30min testemunhas ouviram uma explosão; outros relatam sons como de uma metralhadora, com os rebites sendo expelidos pelo tanque.

Os 8.7 milhões de litros de melaço ganharam as ruas, se movendo a 56Km/h e cobrindo tudo em seu caminho. Cavalos, pessoas, todos eram cobertos pela substância pegajosa, que entrava nos pulmões impedindo a respiração.

Melou tudo. (Crédito: Boston Daily Globe)

Ao final 21 pessoas haviam morrido, 150 ficaram feridas, e a limpeza levou meses, as indenizações levaram anos. Reza a lenda que até hoje, no verão, dá para sentir o cheiro do melaço na região.

3- A Ponte do Estreito de Tacoma

Inaugurada em 1940, a Ponte era linda, uma perfeita demonstração da avançada engenharia de 1940, infelizmente os computadores usados para simulações naquela época eram feitos de tabuletas de argila, e havia muita coisa que não era levada em conta.

Com 1.8Km de comprimento e um vão livre de 853 metros, a Ponto do Estreito de Tacoma era bem… estreita. Estreita demais. Mesmo durante a construção ela se movia verticalmente mais que o normal.

Quando a ponte ficou pronta a falha de engenharia se tornou evidente: O vento fazia com que a ponte se movesse, é um fenômeno chamado ressonância; o vento induz uma frequência vibratória na ponte, e isso é energia. Energia, ao contrário do seu cunhado em dia de faxina não pode simplesmente desaparecer.

A ponte que partiu. (Crédito: Library of Congress, Washington, DC (LC-USZ62-46682))

A ponte tenta dissipar a energia em forma de movimento, oscilando de uma forma que uma realimentação é gerada, aumentando a oscilação. Esse fenômeno hoje é muito bem conhecido e calculado, mas na época o jeito era tentar enfiar cabos e contrapesos para tentar reduzir as oscilações.

No dia 7 de Novembro de 1940 os ventos estavam especialmente fortes. A ponte foi fechada e os motoristas evacuados. Quando o vento atingiu 64km/h a ponte não resistiu e desabou. A única vítima foi um Cocker Spaniel em um dos carros, que não deixou os socorristas chegarem perto.

Incrivelmente o acidente foi filmado.

Hoje a ponte do Estreito de Tacoma é material didático em toda faculdade de engenharia, como um exemplo perfeito de como fazer tudo errado.

4 – A Represa de São Francis

Esse é considerado o segundo pior desastre de engenharia nos EUA durante o Século XX, mas começou quase no XIX.

Água sempre foi escassa na Califórnia, ainda mais com a população crescendo. Entre 1900 e 1910 Los Angeles saiu de 100 mil para mais de 300 mil habitantes, e eles bebiam água trazida pelo aqueduto de Los Angeles, uma obra de 674Km que funciona até hoje.

Aqueduto de Los Angeles. (Crédito: Los Angeles / Wikimedia Commons)

E era odiada por fazendeiros do interior, pois secava os rios da região,

Como o aqueduto estava sofrendo constantes sabotagens, seu criador, William Mulholland, propôs a criação de uma represa no Cânion de São Francisquito, que geraria eletricidade e forneceria água, complementado e até substituindo o aqueduto se fosse necessário.

Mulholland era um brilhante engenheiro autodidata, mas que tinha problemas com a burocracia estatal, ainda mais de uma Los Angeles especialmente corrupta (assista Chinatown). Ele não gostou muito do primeiro local escolhido para o projeto, mas quando o lugar alternativo era composto de terras particulares e os rancheiros cobraram caro demais, o Governo mandou usar o primeiro local mesmo.

As especificações de engenharia da obra também aumentavam toda hora, com a represa ficando cada vez maior.

Antes e depois. (Crédito: USGS e Imveracity)

Iniciada em 1924, a represa usava o então moderno conceito de represa em arco, uma idéia de engenharia com a qual Mulholland não tinha muita familiaridade, mas em sua defesa, ninguém tinha.

A represa foi inaugurada em 1926, e logo rachaduras apareceram, mas Mulholland as declarou como normais.

Em 12 de Março de 1928 um vazamento de 85 litros por segundo, com água bem barrenta foi identificado. Desta vez o engenheiro ficou preocupado, e começou a planejar reparos, mas quando deu quase meia-noite, a Represa de São Francis cedeu. E cedeu bonito, cedeu tipo Brasil depois que já tinha levado 6 x 0.

47 milhões de metros cúbicos de água vazaram pelo imenso buraco que era o centro da represa, em 70 minutos ela estava vazia. O maior fragmento era um bloco central que foi achado a 1Km de distância da represa. O bloco pesava 9000 toneladas.

Uma onda de mais de 40 metros varreu toda a região, devastando cidades, fábricas, fazendas, tudo. Os dados oficiais falam de 431 mortos, mas nunca saberemos quanta gente realmente perdeu a vida no desastre.

Parte da região afetada pela inundação. (Crédito: USGS)

As indenizações foram em grande maioria irrisórias. Alguns receberam menos de US$5 mil em valores de hoje por seus parentes mortos. A conclusão dos inquéritos foi que erros acontecem, foi mal aí. Mulholland se aposentou e a grande mudança na legislação foi que decisões de grande porte como a escolha do local da represa não podem mais ser responsabilidade de uma pessoa só.

5 – O Incêndio de Centralia

Centralia é uma cidade na Pennsylvania com todos os clichês de cidade pequena que a gente aprende nos filmes. Corrupção, incompetência, pacote completo. E em 1962 eles tinham um problema igual ao de Avenida Brasil: O Lixão.

Centralia havia construído seu lixão em uma mina de carvão abandonada, daquelas a céu aberto que são um grande buraco no chão. O lixão rapidamente lotou e o problema era se livrar do lixo. A medida mais eficiente (e ilegal) era… botar fogo, mas o Estado tinha legislação específica contra isso, por motivos que veremos adiante.

O Conselho Municipal então fez o que toda legislatura caricata faria: Decidiu queimar o lixão mas não deixou isso por escrito.

Com bombeiros em prontidão, o lixo foi incendiado, mas depois de algum tempo focos foram aparecendo em outros lugares do lixão, e os bombeiros não conseguiam apagar. Buracos no lixo levaram o fogo bem para o fundo, aonde entraram em contato com veios de carvão, e carvão, como você provavelmente deve saber, pega fogo.

Centralia, hoje. (Créditos: CFT)

Inspetores do Depto de Engenharia do Estado vieram e detectaram gases típicos de fogo de carvão. A Prefeitura chamou a antiga empresa que era dona da mina, mas omitiu o detalhe do fogo no lixão, apenas disse “olha tem alguma coisa pegando fogo aqui”.

Os políticos minimizavam o problema, enquanto pessoas relatavam gases e fumaça em suas casas. Um dono de um posto de gasolina foi medir um tanque subterrâneo e descobrir que sua gasolina estava a 70 graus Celsius.

Várias empresas de engenharia foram chamadas, mas proibidas de sondar para achar o real alcance do fogo. Quando finalmente tiveram permissão, os fossos acabaram levando oxigênio para dentro da mina e piorando o fogo.

Depois de várias tentativas, finalmente desistiram, a cidade não poderia mais ser salva. Centralia permaneceria cozinhando no maior sous vide do planeta, por pelo menos 250 anos, tempo previsto até o carvão acabar.

Sim, sai fumaça dos bueiros (Créditos: Mredden / Wikimedia Commons)

Os planos para evacuação começaram em 1984, em 1992 o que restou da cidade foi encampado pelo governo estadual, e os moradores que restavam foram realocados. Em 2013 apenas 7 pessoas insistiam em viver em Centralia, que já havia sido removida até do cadastro de CEP dos Correios.

Hoje o local está abandonado, virou uma atração turística pra quem gosta de histórias esquisitas.

6 – Lago Peigneur

Grandes hagadas de engenharia podem envolver fogo, como Centralia, ou água, como o Lago Peigneur.

Com 4,55Km2 o Lago Peigneur era um simpático laguinho na Louisiana, com profundidade máxima de 3 metros, vivia repleto de pescadores, banhistas e até balsas transportando veículos e bens de um lado para o outro.

Embaixo do lago, uma das principais forças econômicas da região: Uma mina de sal. Era uma operação imensa, preciosos depósitos de sal com milhões de anos eram escavados e recolhidos em vagões, e a vida seguia tranqüila, exceto que sal é um excelente indicador de outro recurso natural valioso: Petróleo.

O redemoinho se formando (Crédito: Rep.Internet)

A Texaco resolveu fazer uma sondagem na área, e em sua defesa consultou a empresa da mina de sal, pegando as coordenadas dos túneis que passavam debaixo do lago. O que não contavam era que alguém se confundisse e anotasse errado as coordenadas, colocando uma balsa com uma perfuratriz exatamente em cima de um dos túneis.

A broca de 36Cm desceu pelo terreno no fundo do lago por mais de 400 metros, até atingir o teto de um dos túneis, em 20 de Novembro de 1980.

Imediatamente a água começou a vazar, e como a maior parte do terreno abaixo do fundo do lago era sal, e agora entrava em contato com água, a rocha começou a se dissolver rapidamente.

Os 7 trabalhadores sentiram a mini-plataforma de petróleo se inclinar, viram que algo estava muito errado e fugiram para a margem do lago. Enquanto isso o buraco aumentava, mais água entrava na mina, o domo de sal se dissolvia mais ainda. Um redemoinho se formou, o lago começou a drenar para dentro do buraco.

Na mina os 55 mineiros, bem-treinados e com EPI em dia conseguiram escapar com vida.

Na superfície 11 balsas e 1 rebocador foram engolidos pelo redemoinho, as margens do lago foram arrancadas pela força das águas. O fluxo do canal que saía do lago e ia até o Golfo do México se inverteu quando o nível da água baixou, e o lago se encheu de água salgada, matando todas as espécies residentes.

Incrivelmente ninguém morreu, mas a mina de sal deu PT e a Texaco pagou US$100 milhões (em valores de 2020) para a Diamond Crystal Salt Company. Mais incrivelmente, o lago ainda existe.

7 – Torre de Pisa

OK, é covardia criticar a engenharia do Século XII mas mesmo naquela época os construtores já sabiam que quando o solo é fraco o prédio afunda, mesmo assim a quantidade de erros cometidos durante a construção da torre é imensa.

A obra começou em 1173 e como toda boa obra de igreja se estendeu por 199 anos até 1372.

Pura verdade. (Crédito: Reprodução Internet)

Foi percebido que algo estava errado quando a torre começou a se inclinar em 1178, quando ainda construíam o segundo andar da obra de 55 metros de altura. Usando a estratégia da maioria dos chefes, de que se um problema for ignorado ele desaparece, a obra foi paralisada por quase 100 anos enquanto Pisa (o Reino, não a torre) se ocupava com aquele monte de guerrinhas que a Europa medieval adorava.

Nos próximos anos alguém teve a brilhante solução de engenharia de fazer os andares maiores em um dos lados para compensar a inclinação.

A lista é enorme. Contrapesos foram colocados para tentar reduzir a taxa de inclinação. Cabos foram instalados para reforçar os pontos de maior tensão estrutural. Solo foi removido de um dos lados para forçar uma inclinação oposta.

Certa época para ganhar tempo nitrogênio líquido foi injetado para congelar o solo.

Em 1990 a Torre atingiu 5 graus e meio de inclinação, próximo do limite. Visitas foram suspensas, os sinos do campanário removidos para aliviar o peso, e todo o conhecimento acumulado de engenharia foi usado para fazer a torre retroceder até a inclinação que tinha em 1838, 3.97 graus.

Obviamente ninguém pensou em desentortar a torre, isso acabaria com o charme e, como ela foi construída torta, nunca ficaria reta. Fora que nunca se sabe quando o Super-Homem vai aparecer e entortar de novo.

8  – Ponte Millennium, Londres

Aprender com erros do passado é bom, mas demais mesmo é quando você ignora tudo que já foi feito, como os arquitetos que projetaram a Ponte Millenium, em Londres.

Criada para celebrar o novo Milênio, a ponte de pedestres sobre o Tâmisa, com 325 metros de comprimento e 4 metros de largura apresenta um modelo diferente de ponte suspensa, com os cabos quase horizontais. É uma ponte linda, mas que não leva em conta algo que todo mundo já sabia, inclusive os velhos generais.

Bonita é. (Crédito: PaulLomax / Wikimedia Commons)

Tradicionalmente soldados param de marchar quando atravessam pontes, para evitar criar ressonâncias como as do Estreito de Tacoma. Só que a Ponte Millenium tinha uma flexibilidade lateral acima do normal, e quando o solo se move lateralmente, as pessoas tendem a inconscientemente sincronizar seus passos com o movimento.

Sem perceber estava todo mundo marchando, criando um processo de realimentação que aumentava a oscilação, tornando a ponte impraticável. Depois de dois dias de inaugurada ela foi fechada ao público.

A empresa de engenharia responsável pela construção da ponte foi chamada, e começaram a estudar o problema. Foram construídos simuladores, testes em campo, análises de movimento e no final a solução foi a instalação de 37 amortecedores, para não estragar o layout da ponte. Isso a um custo extra de 6 milhões de Libras, no valor de Fevereiro de 2002, quando a ponte foi finalmente reaberta.

9 – As Pontes de Vidro de Calatrava

Quer algo melhor do que uma ponte que rebola? Que tal um arquiteto que comete o mesmo erro duas vezes? É o caso de Santiago Calatrava.

A primeira controvérsia é a Ponte Zubizuri, em Bilbao, com todas aquelas arquiteturas ousadas e modernosas que o Dan Brown adora. A ponte é uma linda peça de engenharia feita de aço e vidro, o problema é o vidro. O CHÃO é de vidro.

What could possibly go wrong? (Crédito: Javierme / Wikimedia Commons)

Tal como a de Niemeyer, a arquitetura de Calatrava é linda, só não é feita para uso de humanos, e as pessoas, principalmente nos períodos chuvosos escorregavam direto no chão de vidro da ponte.

Várias alternativas foram propostas, incluindo cavar ranhuras no vidro. No final a mais simples foi cobrir o piso com um carpete, o que também ajudava a economizar nos US$25 mil por ano que a Prefeitura de Bilbao gastava trocando as placas de vidro.

Depois dessa e outras alterações Calatrava processor a Prefeitura alegando “Direto do Artista” sobre sua obra, e nesse vai e vem acabou ganhando US$30 mil de indenização.

O que nos leva a outra ponte dele, a Ponte da Constituição, em Veneza.

É uma ponte linda, reconheço, mas tem alguns probleminhas: Primeiro, ela é zero em acessibilidade, tem zero rampas, qualquer um usando rodas, melhor achar outra ponte.

Linda, só impraticável. (Crédito: Ligali/Wikimedia Commons)

O segundo problema é que a ponte é feita de degraus de vidro até o topo, aonde vira uma linda e lisa pista de vidro igualmente liso, e depois volta aos degraus. Imagine na chuva…

Dessa vez Calatrava está sendo processado, em US$87000. Tirando os 30 que ele ganhou no outro processo, é bom abrir um Patreon, ou um OnlyFans, sei lá.

 

 

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