Enquanto muitos se protegem de tempestades e orientam outros a fazer o mesmo, há aqueles que vão de encontro a elas para recolher dados considerados importantes, como trajeto, força e momento em que ocorrem, auxiliando centros de previsão do tempo e governos no planejamento eficaz do enfrentamento desses fenômenos. Eles são os caçadores de furacões, equipados com dispositivos tecnológicos de ponta e aviões preparados para enfrentar as condições extremas dos eventos.
Operados pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) e pelo Comando da Reserva da Força Aérea do país norte-americano, esses veículos podem aguentar voos por períodos de 8 a 10 horas ininterruptas em meio a ventos fortes (que chegam a atingir centenas de quilômetros por hora), raios e muita água.
Missões arriscadas fornecem informações preciosas.Fonte: NOAA
Dentro e fora da tempestade
Um dos modelos desses aviões é o Lockheed WP-3D Orion (P-3 Orion), no qual cientistas a bordo utilizam equipamentos capazes de transmitir medições de pressão, umidade, temperatura, direção e velocidade do vento, fornecendo uma visão detalhada da tempestade e também de sua intensidade, proporcionando a pesquisadores em terra indicadores de ocorrências repentinas e potencialmente mortais. As duas aeronaves desse tipo utilizadas pelo NOAA foram feitas para mergulhar em furacões continuamente.
Lockheed WP-3D Orion, avião que “mergulha” em furacões.Fonte: NOAA
Outro é o Gulfstream IV-SP (G-IV Jet), desenvolvido para operar acima e em volta desses eventos climáticos. Com autonomia de 7,4 mil quilômetros de voo e chegando a 13,7 mil metros de altura, ele oferece uma imagem fiel do que ocorre fora das tempestades, complementando com dados críticos todo e qualquer relatório que possa ajudar a evitar danos maiores aos locais afetados. Operando desde 1997, passou por quase todos os furacões originados no oceano Atlântico desde então.
Detalhe do Gulfstream IV-SP, que coleta informações ao redor e acima das tempestades.Fonte: NOAA
Tanto os WP-3D Orion quanto o G-IV Jet ficam no Centro de Operações de Aeronaves do NOAA, localizado na Flórida, cuja equipe é formada por pilotos e engenheiros de voo civis e militares, além de meteorologistas e engenheiros eletricistas “altamente treinados para operar em condições climáticas adversas.”
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