CPBR8: ‘Tecnologia é assunto vendido para homens’, diz ativista da Mozilla

Ser mulher no mundo da tecnologia pode ser mais complicado do que parece. E, para Melissa Devens, do projeto Women Mozila (WoMoz), o público feminino é taxado ou de inferior aos homens, ou de maneira sexualizada na maior parte do tempo, sobretudo na Internet. Por isso, Devens defende uma mudança profunda na cultura da tecnologia em geral. Acompanhe a cobertura completa da Campus Party 2015 Melissa Devens fala de preconceitos na tecnologia (Foto: Foto: Laura Martins/Techtudo) Segundo a especialista, a área, que é tradicional domínio de homens, carrega preconceitos e julgamentos sobre as meninas. Tanto para aquelas que buscam apenas se divertir quanto outras que buscam um espaço profissional. “Às vezes as mulheres têm vergonha de aparecer em eventos de tecnologia por se sentirem inferiores aos homens, por sentirem que não têm tanto conhecimento”, alerta Melissa. saiba mais Campuseiros apontam o melhor e o pior da Campus Party 2015 Conheça o OVNI da Campus Party; servidor reina absoluto no cento da arena ‘Campus Party não é só um evento, é um movimento’, diz executiva do Facebook Campus Party 8 confirma mais dois nomes e cancela com ‘pai do MP3′ Qual é a melhor atração da Campus Party 2015?  Comente no Fórum do TechTudo. Melissa frisa que a atenção especial não deve ser somente para o caso das mulheres, mas para outros grupos. Mas o foco acaba caindo sobre o público feminino exatamente por serem a maioria da minoria. “A web tem que ser feita para todos. A mulher não tem que olhar e se sentir mulher, ela tem que se olhar e se sentir ela mesma”, afirma. A mudança cultural da tecnologia, defendida por Devens, inclui tanto os usuários quanto a indústria. “Tecnologia é um assunto que não é vendido para as mulheres, mas para os homens”, critica. É por isso que as mulheres e outros grupos de minorias (como os homossexuais) não se veem nesse mundo. Felizmente, aos poucos o cenário está mudando, segundo a representante do WoMoz. As discussões sobre o tema estão crescendo e empresas estão montando projetos que facilitem o ingresso de mulheres. É o caso do projeto onde Melissa trabalha, que foi iniciado em 2009, mas perdeu força e foi retomado no ano passado. Para se ter noção, a primeira tentativa contava apenas com uma mulher no projeto brasileiro, e hoje elas já são nove. O foco é fazer com que mais mulheres se juntem ao cenário e, principalmente, se sintam à vontade para fazer parte. Sem precisar se “esconder”.

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