O estado da Georgia, nos Estados Unidos, aprovou recentemente uma lei que dificulta o aborto após seis semanas de gestação e que vai entrar em vigor no ano de 2020. Esse estado também é sede de diversos estúdios de cinema usados por grandes produtoras, como a Disney e a Netflix, onde diversos grandes filmes já foram rodados, como “Pantera Negra” e “Vingadores: Ultimato”.
A aprovação da lei gerou o protesto de atores, produtores e diretores, que chegaram a recusar trabalho na Georgia, mas nenhum grande estúdio havia se pronunciado até então. Agora, Disney e Netflix se manifestaram contra a lei e demonstraram desejo de retirar suas produções milionárias do estado.
Eu duvido que iremos continuar filmando. Acho que muitas pessoas que trabalham para nós não vão querer trabalhar lá
“Temos muitas mulheres trabalhando em produções na Geórgia, cujos direitos, juntamente com milhões de outros, serão severamente restringidos por esta lei”, disse o diretor de conteúdo da Netflix, Ted Sarandos. “É por isso que vamos trabalhar com a ACLU e outros para lutar nos tribunais. Como a legislação ainda não foi implementada, continuaremos a filmar lá, além de apoiar parceiros e artistas que preferirem não fazer isso. Se isso entrar em vigor, vamos repensar todo o nosso investimento na Geórgia”.
Já Bob Iger, CEO da Disney, afirmou que vai ser bastante difícil continuar filmando no estado da Georgia caso a lei seja colocada em vigor ano que vem. “Eu duvido que iremos continuar filmando. Acho que muitas pessoas que trabalham para nós não vão querer trabalhar lá, e teremos que atender aos seus desejos nesse sentido. No momento, estamos observando com muito cuidado”. Iger acrescentou: “Não vejo como poderia ser prático continuar filmando lá”.
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