Eclipse solar 2020: veja como o fenômeno foi registrado

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Teve foto embaçada, profissional, montada, do ano passado, clip de grupo de kpop, meme – o mundo registrou o eclipse solar total (o último do ano) além dos relatos científicos.

O espetáculo foi visto por quem estava em uma estreita faixa de 90 quilômetros abrangendo a costa sul do Chile, a cordilheira dos Andes e a Argentina, além de parte do Brasil. É a segunda vez, em um ano e meio, que a sombra da Lua percorre a região.

O eclipse desse ano foi especial: aconteceu perto do meio-dia, quando o Sol estava a pino (o do ano passado ocorreu no fim da tarde; o de 2021 só poderá ser observado em sua plenitude na Antártida).

No Brasil, ele foi visto parcialmente nos estados do Sul e Sudeste (Norte e o Nordeste ficaram de fora). No Rio Grande do Sul, foi possível ver 60% do disco do Sol escurecer; no Paraná, 50%; em São Paulo e no Rio de Janeiro, apenas 40%. Obviamente, nem todo mundo ficou feliz com isso.

O que e onde

Muita gente ainda se confunde sobre quais as condições para que aconteça um eclipse total do Sol: a Lua passa entre a Terra e a estrela, lançando sua sombra sobre a superfície do planeta.

A imagem projetada do eclipse, por ser parcial em alguns lugares, encantou muita gente.

Criatividade para assistir

Às vésperas de acontecer um eclipse solar, especialistas recomendam uma série de medidas, como não olhar diretamente para o Sol e usar equipamentos adequados, como óculos especiais feitos especialmente para isso.

Como são caros, os oftalmologistas recomendam usar um vidro de máscara de solda – conselho que muita gente seguiu.

Mas teve quem resolvesse improvisar, lançando mão do filtro 2 em 1:

Registro no espaço

A cada 11 anos, o Sol encerra um ciclo de atividades e começa outro – o que em astrofísica quer dizer um mínimo e um máximo solares, marcados pelo surgimento e o desaparecimento de manchas solares. Isso faz com que o Sol mude de uma estrela relativamente calma para tempestuosa.

Pelo início das medições, o Sol entrou em seu 25º ciclo oficialmente em dezembro de 2019 e se encaminha para o ápice, que acontecerá em julho de 2025.

O aumento da atividade solar também proporcionou um eclipse solar como há muito a Terra não presenciava. Quando a Lua se alinha à estrela, a coroa solar torna-se visível a olho nu e, quanto mais manchas solares (como está ocorrendo agora), mais longe as gigantescas chamas sobem.

Mesmo em lugares onde o céu estava nublado, foi possível apreciar o desaparecimento do Sol.

No Brasil o mau humor do Sol não ajudou a visibilidade do fenômeno.

18 meses

A NASA e outras entidades científicas transmitiram ao vivo a passagem da Lua à frente do Sol. Uma das mais belas imagens registradas foi a da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).

Se você perdeu o espetáculo, ele vai acontecer novamente em 18 meses (podem ocorrer até cinco eclipses por ano, mas não totais). As próximas passagens da Lua em frente ao Sol vão ser vistas na Antártica e na África do Sul em dezembro de 2021; na Indonésia e Austrália, em abril de 2023; nos EUA e no Canadá, em abril de 2024; no sul da Europa e da Groenlândia, em agosto de 2026. e em parte do Norte da África e do Oriente Médio, em agosto de 2027.



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