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Elojob: conheça o ‘mercado negro de níveis’ em League of Legends

League of Legends é um game gratuito para PC que dá oportunidades iguais a todos os seus usuários, pois eles dependem apenas do talento para resultados positivos nas partidas. Porém, há aqueles que preferem pagar para que jogadores profissionais joguem por eles. A prática, chamada de “elojob”, é considerada ilegal pela produtora Riot Games . Conheça um pouco mais sobre esse “mercado negro de níveis”. Como ganhar RP, IP e Experiência no League of Legends League of Legends: entenda o mercado negro do elojob (Foto: Divulgação) Prática tem um preço O “elojob” nada mais que o ato de contratar uma pessoa para aumentar o seu nível de ranking, ou “elo”, como também é conhecido no game. Em geral, jogadores profissionais, no Brasil e no mundo, oferecem este tipo de serviço ainda que “às escuras” e sem revelar identidades. Assim, uma pessoa pode pagar para ter o nível mais alto e até mesmo utilizar isso como “status”, além de jogar partidas apenas com outros jogadores bem colocados no ranking. No Brasil, há sites organizados que oferecem o serviço por preços variados, que podem ser de R$ 35 a até mesmo mais de R$ 1,5 mil. Ao contratar este serviço, a organização que o oferece deixa uma pessoa responsável pela sua conta. Esse jogador, por sua vez, vai jogar incrivelmente bem e vencer partidas, o que aumentará seu nível de forma extremamente rápida e desequilibrada. Jogador pode ser promovido de ranking em League of Legends (Foto: Reprodução) Prejudicial a outros O uso do “elojob” pode prejudicar o League of Legends de diversas formas. Um jogador no nível “Bronze”, por exemplo, não possui o mesmo talento de um jogador no nível “Diamante”, que na teoria é pelo menos quatro níveis superiores – excluindo os subníveis. Ao utilizar um serviço de “elojob”, o jogador “Bronze” não terá o mesmo talento ao jogar com outros usuários “Diamante”, o que pode prejudicar suas partidas e até mesmo deixar claro que ele utilizou este meio para avançar. A Riot Games classifica a atividade como “manipulação de dados ranqueados”, e considera isso uma forma extremamente danosa ao jogo e aos seus usuários. “Ganhar uma classificação alta em League of Legends requer trabalho duro, comprometimento e baldes de sangue, suor e lágrimas. O boosting desvaloriza o comprometimento que muitos dos nossos jogadores tem para ganhar suas justas posições entre os melhores gamers do mundo em LoL”, escreve a produtora, em sua nota oficial sobre o caso. As possíveis ligas e níveis em League of Legends (Foto: Reprodução) A desenvolvedora afirma ainda que realiza um extenso trabalho para detectar usuários que estão utilizando o “elojob” ou prática similares. Caso o usuário seja pego, isso pode resultar em punições para a conta. As suspensões variam entre conta bloqueada por duas semanas, remoção de alguns benefícios gratuitos e até mesmo o bloqueio completo do usuário, se for reincidente. Ela também alerta que a prática ilegal pode comprometer a segurança da conta do jogador. saiba mais League of Legends: como reportar um hack no game online League of Legends apresenta Bardo, seu novo personagem andarilho Qual é o melhor jogo: DotA ou LoL? Opine no Fórum do TechTudo! A Riot leva a sério o assunto e pune até mesmo jogadores profissionais que forem apanhados oferecendo ou trabalhando com “elojob”. Há casos conhecidos no mundo todo e até mesmo no Brasil. Em 2014, dois jogadores profissionais da equipe “Ban Karma” foram suspensos, ficando de fora dos torneios e eventos oficiais da empresa por um ano, por exemplo. Até mesmo a “Kabum”, campeã da Regional Brasileira, sofreu com uma perda na sua equipe por “elojob”. Ninguém sai ganhando Para Eric Teixeira, de 23 anos, redator e especialista em League of Legends, ninguém sai ganhando nessa prática. “O jogador que pagou o ‘elojob’ vai estar em um nível que será desagradável para ele jogar e o ‘Elojober’ estará ‘trabalhando’ em um ramo onde ele não poderá crescer”, disse, em entrevista ao TechTudo. “O jogador passa 10 ou 12 horas por dia jogando, o que ele evolui nesse tempo? Apenas suas habilidades no game. O jogador poderia estar estudando ou trabalhando, porém ele está evoluindo suas skills em um jogo onde ele não poderá virar profissional devido a prática do ‘Elojob’. Logo, o usuário está simplesmente perdendo tempo da vida dele”, complementou Eric. Até mesmo jogadores profissionais foram pegos na prática do elojob (Foto: Felipe Vinha) O redator também classifica o nível do LoL como um “status” que muitos jogadores buscam, e talvez isso incentive ainda o “elojob” no mundo todo. “O ‘elojob’ atrai muita gente, pois a galera quer se mostrar, quer chegar no colégio e falar que pegou o nível Diamante… E alguns realmente acham que merecem estar no Diamante sendo que, quando pagam para isso, vão jogar 30 partidas, perder 25 e desistir”, complementou. Ele encerra, dizendo ainda que a Riot deve, sim, punir severamente os usuários e vendedores de “elojob”, quando detectados. “As punições precisam ser severas para eliminar esse problema e diminuir sua ocorrência. Principalmente as punições com jogadores do Competitivo!”, finalizou.

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