Um novo estudo da Comscore aponta que 75% dos 20 principais aplicativos utilizados nos iPhones dos Estados Unidos foram pré-instalados pela Apple. O relatório, patrocinado pelo Facebook, afirma que a Maçã restringe a competição de apps desenvolvidos por terceiros.
No caso dos celulares Android, o Google domina 60% dos principais aplicativos utilizados. Segundo o estudo, os quatro principais apps em ambas as plataformas foram feitos por suas respectivas empresas controladoras. Os programas pré-instalados no iOS e Android dominam itens básicos como Mensagens, Relógio, Fotos, Tempo, Câmera, entre outros.
O momento de divulgação da pesquisa é oportuno. A Apple e a Google são alvo de um novo conjunto de projetos de lei nos Estados Unidos — e no mundo —para restringir o poder das Bigs Techs. A proposta de legislação busca impedir que as empresas tenham vantagem sobre seus rivais.
Resultados dos estudos
Aplicativos nativos dos fabricantes dominam o ranking de mais utilizados, mas Facebook e Instagram conseguem entrar na lista. (Fonte: The Verge/Reprodução)Fonte: The Verge/Reprodução
A Comscore coletou dados de aplicativos e sites em dezembro do ano passado para produzir o estudo, além de uma pesquisa com 4 mil pessoas em novembro de 2020. O levantamento excluiu das classificações os navegadores e “recursos de sistema operacional incorporados”, como assistentes de voz.
A pesquisa revela uma série de peculiaridades, incluindo que a Calculadora da Apple tem mais usuários do que o Gmail no Android. O Facebook é o único desenvolvedor terceirizado com mais de um aplicativo na lista do iOS e o único desenvolvedor com três apps na lista do sistema do Google.
O Facebook disse que financiou o estudo para mostrar o “impacto dos apps pré-instalados no competitivo ecossistema de aplicativos”, sugerindo a natureza aparentemente limitadora do Android e iOS.
Resposta da Apple
Apple considera que a pesquisa foi tendenciosa. (Fonte: Pixabay/Reprodução)Fonte: Pixabay/Reprodução
A Apple rejeitou as conclusões do relatório. A empresa afirma que a metodologia do estudo é “gravemente falha de várias maneiras” e foi especificamente projetada para “dar a falsa impressão de que há pouca concorrência na App Store”.
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