O órgão de defesa financeira do consumidor dos EUA solicitará para as big techs, incluindo Amazon, Facebook, Apple e Google, informações sobre os dados financeiros dos usuários. A ação visa ampliar a proteção dos consumidores e a competição do setor financeiro.
Segundo fontes da Reuters, o Consumer Financial Protection Bureau (CFPB) deve enviar às companhias um pedido de informações com 55 páginas sobre a coleta, o uso e a comercialização dos dados financeiros dos indivíduos.
“As perguntas do órgão darão atenção especial aos dados que as empresas estão coletando, como elas estão coletando e para que estão usando essas informações”, disse uma das fontes da agência de notícias.
Amazon, Apple, Facebook e Google terão que responder ao órgão americano.Fonte: FilePhoto/Reuters/Reprodução
O pedido de consulta ocorre logo após Rohit Chopra assumir a direção do CFPB. Sempre duro com as big techs, o ex-representante democrata da Comissão Federal de Comércio construiu a carreira ao defender os direitos dos consumidores.
Nos EUA, o partido Democrata tem como uma das prioridades aumentar a concorrência no setor financeiro. Adotando o conceito “open banking”, os políticos exigem que as instituições financeiras deem aos indivíduos mais controle sobre seus dados.
Dessa forma, bancos e outras empresas devem permitir que as pessoas baixem dados sobre o histórico financeiro (saldo de contas, transferências e investimentos). O objetivo é facilitar para os consumidores a troca de fornecedores de serviços.
Informações da big tech complementarão o cadastro do open banking.Fonte: Karolina Grabowska/Pexels/Reprodução
Como será a colaboração das big techs?
Segundo as fontes da Reuters, espera-se que as informações confidenciais das big tech ajudem a enriquecer o sistema open banking norte-americano. Contudo, a ação pode ter influência na criação de futuras regras do órgão regulador.
“Este movimento é um sinal claro de que esta gama ampla de empresas, que não são cobertas pelo CFPB e coletam dados financeiros dos indivíduos, podem estar sujeitas a futura regulamentação do open banking”, disse uma fonte à agência.
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