fbpx

Evento de extinção em massa: estamos no 6º, conheça os anteriores

Cinco eventos de extinção em massa moldaram a história da Terra – e o sexto está em curso enquanto estamos aqui. O que define uma extinção em massa é a morte de cerca de três quartos de todas as espécies existentes em pouco tempo – em torno de 2,8 milhões de anos, segundo o The Conversation. As extinções em massa anteriores são a referência científica que determina que estamos criando as condições para um sexto evento.

Uma pesquisa feita na última década indicou que durante o século XX, espécies de vertebrados morreram até 114 vezes mais rápido do que ocorreria sem a atividade humana: animais extintos em 100 anos teriam levado 11.400 para se extinguir com as taxas naturais. O estudo revelou que grande parte disso se deve às atividades humanas que levam à poluição, perda de habitat, introdução de espécies invasoras e aumento de emissões de carbono, que impulsionam as mudanças climáticas.

Durante o século XX, mais de 540 vertebrados terrestres foram extintos. De 1970 até hoje, as populações de espécies de vertebrados diminuíram em média 68%. Atualmente mais de 35.000 espécies são ameaçadas de extinção.

As 5 maiores extinções em massa

Extinção dos dinossauros foi o quinto evento em massa a dizimar populações na Terra.Extinção dos dinossauros foi o quinto evento em massa a dizimar populações na Terra.Fonte:  Pixabay 

Extinção do Ordoviciano-Siluriano

Fonte:  Livro A Sea without Fish – Indiana University Press 

Ocorreu a 440 milhões de anos e extinguiu organismos marinhos. Cerca de 85% das espécies existentes foram dizimadas. A causa foi mudança climática severa que alterou a temperatura do mar, causando a morte da maior parte da vida no oceano. Houve também a glaciação – um período de frio intenso – do supercontinente Gondwana, que acabou diminuindo drasticamente o nível de água dos mares, causando perda de habitat para muitas espécies e destruindo a cadeia alimentar de outras.

Outras teorias alternativas sugerem que metal tóxico pode ter se dissolvido nas águas do oceano durante um período de esgotamento do oxigênio, o que acabou por exterminar a vida marinha na época.

Extinção do Devoniano

Fonte:  Karen Carr – The Field Museum 

Ocorreu a 365 milhões de anos e foi responsável pela extinção de 75% das espécies existentes na Terra. O período Devoniano viu a ascensão e queda de muitos animais marinhos, mas também foi quando a vida começou a se desenvolver na terra. Plantas como árvores e flores provavelmente causaram uma segunda extinção em massa, conforme desenvolveram raízes, transformando pedras e entulho em solo.

O solo rico em nutrientes desaguou nos oceanos, fazendo com que algas nascessem em enorme escala. Isso causou “zonas mortas” gigantes – áreas em que as algas retiram o oxigênio da água, sufocando a vida marinha. A teoria não é consenso, e alguns cientistas acreditam que erupções vulcânicas foram responsáveis pela diminuição dos níveis de oxigênio no oceano.

Extinção do Permiano-Triássico

Fonte:  Ntvtiko / Deviant Art 

Maior evento de extinção em massa da história da Terra, ocorreu há cerca de 250 milhões de anos e dizimou 96% de vida marinha e 70% da vida terrestre. Conhecido como “a grande morte”, foi um período de vulcanismo extremo do planeta, na região da Sibéria. Os vulcões liberaram grande quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, causando efeito estufa, mudando padrões climáticos. O nível do mar aumentou e a chuva ácida caiu sobre à terra.

Extinção do Triássico-Jurássico

Fonte:  Christian Jégou / Publiphoto Diffusion / Science Photo Library 

Ocorrida a cerca de 200 milhões de anos, dizimou 80% das espécies. Embora não esteja claro por qual razão a quarta extinção ocorreu, os cientistas acreditam que uma atividade vulcânica massiva ocorreu onde hoje está o Oceano Atlântico, causando o mesmo problema do período Permiano: dióxido de carbono engatilhando mudanças climáticas.

Teorias alternativas sugerem que níveis crescentes de dióxido de carbono liberaram metano preso no permafrost – solo congelado encontrado na região do Ártico –, o que teria causado a extinção em massa.

Extinção do Cretáceo-Paleogeno

Fonte:  Pinterest 

Ocorrida a apenas 66 milhões de anos, dizimou 75% das espécies. Todos os dinossauros não-aviários foram mortos. Diferente dos anteriores, esse evento foi causado por um agente externo: um asteroide com mais de 13 quilômetros de largura, que mergulhou na Terra a 72.000 km/h. Ele fez uma cratera de 180 km de largura e 19 km de profundidade – que fica onde hoje é a Península do Iucatã, no México.

O impacto queimou a terra ao redor, em um raio de 1.450 km – e fez com que as temperaturas globais despencassem. Espécies que podiam voar, cavar ou mergulhar fundo nos oceanos sobreviveram. Hoje, temos pássaros para contar a história: acredita-se que aproximadamente 10.000 espécies descendem de sobreviventes do impacto.

Atualmente o monitoramento de espécies é a melhor forma para entender o que está se passando no planeta, segundo artigo publicado na Live Science. Clonagem de animais também é uma opção. Avanços legais, científicos e tecnológicos são a esperança atual para conservar a vida selvagem da Terra e desacelerar a sexta extinção em massa.


Source link

Comentários no Facebook

× Consulte-nos!