Exoplaneta pode ser o mais parecido com a Terra já encontrado

[ad_1]

Um novo exoplaneta descoberto em 2019, cujo artigo foi publicado agora mais uma vez andou assanhando jornaleiros em busca de cliques, já que KOI 456.04 é um forte candidato a uma “Terra-2” dadas as semelhanças entre lá e cá.

Embora tenha quase o dobro do tamanho de nossa casa, ele se encontraria em uma situação ridiculamente similar à nossa, apontando para a possibilidade de que a existência de outros planetas como o nosso seja mais comum do que pensamos.

planet-render / exoplaneta

Ultimamente estamos encontrando cada vez mais exoplanetas sólidos graças a mudanças nos métodos de busca, empregados pelos astrônomos e astrofísicos. Neste caso, os pesquisadores usaram dados antigos captados pelo honorável telescópio Kepler, aposentado oficialmente em 2018, quando ficou sem combustível. Planejado para durar 3,5 anos, ele se manteve na missão por 9 anos, 7 meses e 23 dias.

Os dados do Kepler se focaram em uma anã vermelha batizada de Kepler-160, localizada próxima da constelação de Lira, a uma considerável distância de 3.140 anos-luz da Terra. Em dobra 9, a Enterprise do Kirk levaria 4 anos, 3 meses e 23 dias para chegar lá; a do Picard, 2 anos e 26 dias.

Se já é difícil detectar planetas na nossa “vizinhança”, imagine um a uma distância tão grande assim, mas a equipe de pesquisadores liderada pelo dr. René Heller, do Instituto Max Planck, conseguiu determinar a presença de um possível exoplaneta na proximidade de Kepler-160, com 85% de precisão. Os cientistas não querem repetir o caso de Alpha Centauri-Bb, um exoplnaeta cuja existência foi posteriormente descartada.

No caso de KOI 456.04, foram usados dois novos algoritmos para observar padrões de alteração no brilho de uma estrela bem mais sutis, ao invés de detectar picos e quedas abruptas de métodos anteriores.

Kepler-160 e órbita de KOI 456.04 / exoplaneta

Como é esse novo exoplaneta?

Na possibilidade de KOI 456.04 de fato existir, ele pode ser o exoplaneta sólido mais similar à Terra já encontrado: primeiro, embora Kepler-160 seja uma anã vermelha, ela fornece cerca de 93% da luz que a Terra recebe do Sol. Este é um fator muito importante, pois este tipo de estrela tende a emitir explosões solares constantes, que poderiam fritar o planeta.

O consenso é que Kepler-160 seja uma estrela muito antiga e estável, mais similar ao Sol do que a outras anãs vermelhas. A assim, seria possível que planetas em sua órbita possam sustentar vida. O segundo fator a favor de KOI 456.04 é fato de que ele está na região dos Cachinhos Dourados, longe o bastante da estrela para não torrar, mas perto o suficiente para ter água em estado líquido.

Como se não bastasse, o período orbital de KOI 456.04 é muito similar ao nosso, com um ano de 378 dias; sua principal diferença é a massa, que é quase o dobro da Terra.

Planetas como a Terra podem ser muito comuns

A lógica diz que dado o tamanho e idade do universo, as chances de que hajam bilhões e bilhões de planetas como a Terra, muitos deles habitados, mas a Ciência não vive de chutes. O grande problema até então era conseguir localizar tais exoplanetas, e por melhores que sejam nossos instrumentos, há muito o que observar e não enxergamos tão longe. Estamos catalogando o céu com tabuletas de argila, basicamente.

Exoplaneta e estrela

Ainda assim, a possibilidade de termos encontrado um planeta muito parecido com a Terra, em condições ridiculamente similares (período orbital, quantidade de luz recebida, uma estrela estável) indica que talvez a vida no universo seja um desenvolvimento trivial, mais comum do que se pensava e que não somos nem de longe o centro do universo.

De novo, 85% de chances é uma estimativa muito baixa, e depois do erro de Alpha Centauri Bb, ninguém quer mais correr riscos; assim, o telescópio James Webb será provavelmente empregado para confirmar a existência de KOI 456.04… quando ele for finalmente lançado, um dia.

Referências bibliográficas

HELLER, R. et al. Transit least-squares survey: III. A 1.9 R transit candidate in the habitable zone of Kepler-160 and a nontransiting planet characterized by transit-timing variations. Astronomy & Astrophysics, Volume 638, 14 páginas, junho de 2020.

Com informações: Astronomy & Astrophysics, MIT Technology Review

[ad_2]
Source link

× Consulte-nos!