Facebook vive nova polêmica sobre privacidade com nomes de drag queens

A rigidez das políticas do Facebook para criar uma conta pessoal não é nenhuma novidade e tem o hábito de despertar polêmicas de tempos em tempos, pois não são inclusivas para todos os grupos da sociedade. As exigências que a rede social faz para os nomes de seus usuários, por exemplo, tem criado problemas com drag queens que são proibidas de usar seus nomes artísticos em seus perfis. Facebook exclui perfis brasileiros com ‘nomes estranhos’ Política do Facebook proíbe o uso de nomes artísticos no perfil (Foto: Reprodução/Facebook) O problema ocorre por que o Facebook exige o uso do nome real em páginas pessoais, sob a pena de cancelamento da conta. Entretanto, muitas drag queens preferem não revelar esta informação tão pessoal. Um exemplo é Sister Roma, uma drag queen de São Francisco, que desabafou na rede social sobre a política. “Ela é injusta, dolorosa, discriminatória e uma invasão de privacidade”, reclama. saiba mais Facebook inclui mais vídeos com autoplay no feed e conta visualizações Netflix usa Facebook Messenger para enviar recomendações de vídeos Desative a prévia de mensagens do Facebook Messenger na tela do celular Recrie no seu Facebook a polêmica experiência que manipulou feeds A posição do Facebook levanta várias questões sobre privacidade online. Muitas pessoas tem razões legítimas para manter suas identidades ocultas, como vítimas de crimes que preferem não se revelar ou simplesmente para evitar assédio. Ou, como no caso de Michael Williams que atende pelo nome de Sister Roma. Já para a rede social, os perfis devem usar nomes verdadeiros por que isso ajuda a manter o serviço “seguro”, com pessoas reais. O Facebook diz também que há alternativas, que incluem adicionar um apelido ou criar páginas de fãs específicas para identidades alternativas. Entretanto, ainda é necessário que o cadastro primário use o nome real, depois  um alternativo . Drag queens alegam que a sugestão da rede social não resolve o problema. A diferença é que elas não se consideram empresas vendendo produtos para terem páginas de marca ou fãs. “Nós queremos encorajar amigos a virem para nossos eventos e performances, promover caridades e interagir com outras pessoas como qualquer usuário do Facebook”, explica Olivia LaGarce. Abaixo-assinado pede que Facebook que libere nome artístico e não revele o real (Foto: Reprodução/Change.org) LaGarce criou uma petição online ( change.org ), que já atingiu mais de 12 mil assinaturas, para pedir que o Facebook modifique sua política de nomes e passe a permitir que artistas usem seus nomes artísticos em perfis e sejam reconhecido pele rede com o nome que desejam e usam. Histórico de casos Esta não é a primeira polêmica envolvendo nomes enfrentada pela rede social. No Brasil, vários usuários tiveram problemas com seus perfis por que seus nomes que, embora verdadeiros, eram bloqueados pelo Facebook por serem barrados na política de termos ofensivos; veja os casos das famílias Fuck e Piroca . Nos Estados Unidos, A internauta Melinda Kiss teve que comprovar que seu sobrenome não era uma brincadeira. Todos perderam ou foram ameaçados de perder suas contas na rede social. O que não pode? Os perfis com nomes que usam símbolos, números, repetição de caracteres ou pontuação, letras em mais de um idioma, apelidos ou palavras ofensivas, são desativados quando reconhecidos entre os demais. Ou ainda, “nomes falsos” usados de maneira artística ou como personagem no casos acima. É possível pegar vírus no Facebook?  Veja no Fórum do TechTudo. Via  The Guardian

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