FBI, CIA e NSA usam adblockers para evitar roubo de dados

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Com medo de programas maliciosos disfarçados de propagandas online que podem coletar dados confidenciais, as agências federais de inteligência dos Estados Unidos estão usando bloqueadores de anúncios em seus dispositivos. A informação está em uma carta enviada pelo Congresso ao Escritório de Gestão e Orçamento do governo (OMB) na quarta-feira (22).

No documento, obtido pelo site Motherboard, o senador Ron Wyden informa que a Comunidade de Inteligência (IC) implantou adblockers em larga escala para mitigar ameaças potenciais de publicidade maliciosa. Fazem parte da IC entidades como o FBI, a CIA e a Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA), entre outras.

“Escrevo para estimular o OMB a proteger as redes federais de espiões e criminosos estrangeiros que usam indevidamente a publicidade online para hack e vigilância, estabelecendo novas regras claras para as agências em sua futura política de segurança cibernética de confiança zero”, relatou Wyden.

Anúncio em celularAgências de segurança dos EUA usam bloqueadores de anúncios para evitar cibercriminosos.Fonte:  Neowin/Reprodução 

O senador explicou ainda que o IC utiliza tecnologias de bloqueio de anúncios baseadas em rede e com informações de várias camadas, incluindo dados do sistema de nomes de domínio, para bloquear conteúdo publicitário indesejado e malicioso. Dessa forma, as entidades se protegem de anúncios direcionados a elas com o intuito de roubar dados.

Dados enviados para “mercados de alto risco”

A carta também traz detalhes a respeito de uma investigação feita pelo Senado americano em relação às ameaças provocadas pelos adwares (programas que exibem anúncios sem autorização do usuário). Conforme Wyden, o relatório revelou que os dados coletados por meio dos anúncios são exportados para “mercados de alto risco”, mencionando a China e a Rússia entre eles.

Diante da possibilidade de uso indevido dessas informações, o Congresso propôs ao OMB impor o uso de adblockers em todas as agências federais do país. O documento dá a entender que muitas entidades só irão proteger seus sistemas se forem obrigadas.

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