Nesta sexta-feira (8), o Sindicato de Trabalhadores da Alphabet (AWU, na sigla em inglês) exigiu ao YouTube medidas mais severas contra o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A associação, recém formada por funcionários da Google e sua empresa-mãe Alphabet, exige o banimento de Trump da plataforma de vídeos, considerando a atual resposta da empresa “insuficiente”.
A demanda surgiu após o YouTube remover o vídeo de Trump comentando o ataque de seus apoiadores ao Capitólio norte-americano, na última quarta-feira (6), justificando o ato com sua política de combate as falsas notícias. Contudo, a AWU alegou em um comunicado que a plataforma se recusa a punir o presidente adequadamente, segundo suas próprias regras, evitando seu banimento permanente e optando apenas pela remoção do dito vídeo.
Ainda nesse sentido, a associação foi além e chamou a atenção do YouTube para um problema ainda maior, afirmando que a plataforma se consolidaria como um “vetor para o crescimento dos movimentos fascistas“, caso continuasse priorizando seus patrocinadores aos seus usuários — uma das muitas críticas que a plataforma vem sofrendo nos últimos meses.
O protesto no Capitólio norte-americano, incitado por Trump, culminou em uma situação caótica e violenta. (Fonte: Time / Reprodução)Fonte: Time
Ao fim de seu comunicado, a AWU também citou o atual presidente do Brasil, ao afirmar que o Youtube não deve mais ser um palco para movimentos fascistas: “Qualquer coisa a menos [que uma política mais séria contra os movimentos fascistas] é apoiar a violência mortal: de Gamergate a Charlottesville, de Christchurch a Washington DC, de Jair Bolsonaro a Donald Trump,” comenta, “a Alphabet, ao deixar de agir, causou um dano tremendo: as milhares de vítimas do ódio e ao mundo,” conclui.
Similarmente, outras redes sociais, como o Facebook e o Twitter, já anunciaram medidas restritivas contra Donald Trump. A plataforma de Zuckerberg, sendo a mais severa, afirmou em uma postagem o banimento por tempo indeterminado das contas sociais do presidente norte-americano, enquanto o Twitter apenas confirmou o bloqueio temporário em sua plataforma.
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