GoPro Hero 7 Black se esforça para aposentar o gimbal [review]

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Depois de algum (muito) tempo com a GoPro Hero 7 Black em mãos e com o iminente lançamento da geração seguinte, que podemos chamar de GoPro Hero 8 Alguma Coisa, resolvi que era hora de finalizar este review. Eu levei a pequenina câmera pra um monte de lugares diferentes e fui registrando imagens, fazendo vídeos e te passo as informações necessárias pra saber se é hora de comprar a melhor câmera da empresa pra 2018 e até o momento (setembro de 2019).

gopro hero 7 black hero

A GoPro Hero 7 Black é tudo que você espera de uma das menores câmeras de ação do mercado, junto de um recurso novo desta geração e que promete fazer você abandonar o gimbal mecânico. Funciona? Presta? Vem comigo que te explico nos próximos parágrafos.

Primeiro contato

Se você já viu alguma GoPro na vida, pouca coisa mudou por aqui. A Hero 7 Black é a mais completa da linha Hero 7 e continua com um corpo extremamente compacto, feito em plástico bastante resistente e que agora vem com corpo levemente emborrachado. A caixa é daquelas que você pendura num display, então ela tem a câmera bem visível em uma redoma de acrílico.

gopro hero 7 black caixa

Dentro ficam os acessórios básicos, que significa dois suportes pra locais diferentes, a case que segura a câmera nestes suportes, cabo USB-C e a bateria. Só isso, mais nada. Todo aquele mundo gigantesco de acessórios que você certamente viu em tantos lugares diferentes deve ser comprado de forma separada – alguns são vendidos pela própria GoPro.

Filma, fotografa e faz tudo muito bem

Não é de hoje que a GoPro consegue ser uma câmera com qualidade de vídeo impressionante para um tamanho tão pequeno. Na Hero 7 este pensamento não é alterado, mas acaba sendo ainda mais chamativo pelo recurso novo que colocou: estabilização de imagem, com nome marketeiro de HyperSmooth. A estabilização já existia em versões anteriores, mas aqui a coisa é mais séria.

gopro hero 7 black na mao

Tão séria que a própria fabricante diz que é hora de aposentar o gimbal. É hora mesmo? Depende. Tudo é feito em uma solução de software que recorta bordas e utiliza sensores pra entender quando a imagem deve mover, pra compensar a tremedeira.

Funciona muito bem e o movimento é reduzido quase que no mesmo nível que eu consigo com um gimbal mecânico, como o Osmo Mobile. Ele ainda faz um trabalho mais preciso, mas a grande vantagem desta câmera aqui é que você não segura nenhum treco na mão pra isso. Tudo é feito nela mesmo e neste tamanho que faz a câmera ficar no bolso – o que é impossível com literalmente qualquer estabilizador dedicado.

É neste ponto que ela funciona e onde eu penso que o gimbal pode ficar em casa, deixando o peso e o espaço que ele ocupa na mochila pra outra coisa. Pra comida, por exemplo.

As gravações podem ser feitas em até 4K com 60 quadros por segundo e este modo também tem estabilização, o que é uma evolução deste modelo, já que a Hero 6 não estabiliza nesta quantidade de fps. Se você quer algo mais Full HD e economizar espaço na memória, dá pra filmar em 1080p em até 240 quadros por segundo e isso permite câmera lenta na edição, com velocidade oito vezes menor com 30 quadros por segundo – ou quatro vezes de câmera lenta com 60 fps.

O alcance dinâmico, que já era ótimo, continua a mesma coisa por aqui. Sombras quase que nunca ficam escuras demais e céu raramente fica estourado – raramente MESMO. Nas fotos o resultado é maior e o ângulo de visão também, já que um tiquim disso tudo é recortado pra estabilização funcionar.

Só em imagens noturnas ela sofre e isso certamente está ligado com a abertura de f/2,8 da lente.

Uma solução seria diminuir este número e automaticamente mais luz entra, mas o problema é que o foco infinito que ela utiliza seria perdido. O campo de visão, que é o espaço da imagem que fica focado, diminui quando o número “f/x,x” diminui – enquanto mais luz entra.

As GoPros sempre focam muito bem no infinito e deixar a área de foco mais limitada poderia exigir que o usuário selecionasse manualmente o foco, ou a adição de um motor de foco com lente móvel – tudo isso aumentaria o consumo de energia e o tamanho da câmera, complicado né?

Bateria e calor, um problema da GoPro Hero 7 Black

Estes dois pontos são crônicos das GoPros e não mudam muito por aqui. Ter tanto poder de fogo (rapaz, filmar em 4K com 60 fps é algo que somente smartphones mais potentes e caros fazem) em um corpo tão compacto, tão pequeno e ainda dividindo o pouco espaço com lente e bateria, só pode gerar uma coisa: calor.

Como o corpo é vedado, permitindo mergulhos em até 10 metros de profundidade, também é vedado pra sair. Tudo esquenta rápido se você filmar em 4K com 60 fps e é por isso que eu sempre gravo em 1080p – até pelo tamanho final do arquivo.

O outro ponto crônico é a autonomia, que nunca foi boa. Nem tem como ser, se as baterias utilizadas não passarem por uma evolução considerável na densidade de energia e na forma como ela é gerada. Uma solução é aumentar a bateria, mas daí você aumenta ao mesmo tempo o tamanho da câmera.

gopro hero 7 black bateria

Se é de ação, pra ficar na mão, precisa ser pequena. Aumentar dimensões aqui só atrapalha o principal trabalho de qualquer GoPro. Então bateria é um problema que você soluciona comprando outras baterias – ao menos ela é removível, então isso é realmente uma solução.

Se a filmagem for estacionária, uma alternativa é gravar com uma powerbank plugada na porta USB da câmera. Resolve? Sim, mas a câmera deixa de ser de ação. Entendeu?

Interface mais simples possível

Um dos pontos que me chamou atenção é a interface da pequenina tela traseira. Nela, tudo pode ser tocado. O local onde diz a resolução selecionada pode ser tocado e lá você altera a resolução e a quantidade de quadros por segundo. O ícone que mostra se você está fotografando ou filmando também pode ser tocado e então você seleciona se vai fotografar ou filmar.

gopro hero 7 black interface

A única parte que fica escondida é a de configurações e eu acho que deveria ter um ícone de engrenagem pra isso. Puxar esta área envolve descer o dedo da parte de fora pra dentro do topo da tela. Lá ficam mais informações, como os comandos de voz e ajustes mais finos. Com ajuda do aplicativo GoPro, dá até pra começar uma transmissão ao vivo direto da câmera para o Facebook ou YouTube.

E ai, compro ou não a GoPro Hero 7 Black?

Se você já faz algum tipo de esporte radical, ou trilha, ou qualquer outra coisa que seria arriscado demais levar o celular pra filmar, a GoPro Hero 7 Black resolve direitinho este dilema. Se quiser mergulhar em água salgada, resolve mais ainda (nenhum smartphone tem proteção em água do mar). Se quer uma câmera que pode levar um tombo e vai continuar sobrevivendo sem reclamações, também resolve e a GoPro é uma boa pedida.

Você só precisa levar em conta que a bateria não é tão longa assim e que o superaquecimento pode aparecer em locais mais quentes.

gopro hero 7 black de ladinho

Agora, se você quer apenas filmar e mais nada além disso, filmar em locais tranquilos e sossegados, só que quer só uma boa qualidade de imagem, talvez a Hero 7 Black não faça sentido e ela certamente será esquecida por você em pouco tempo. Pra estes momentos há smartphones capazes de bons resultados, como o Motorola One Action e qualquer iPhone recente.

Os iPhones entregarão uma qualidade de vídeo sensacional e já utilizam lente ultrawide, assim como o Motorola One Action. Eles preenchem essa necessidade sem problemas, sem ser um produto extra na mochila e sem custar o que a GoPro custa – que é quase que o mesmo preço do One Action.

Se você está neste cenário, vá de smartphone e deixe a GoPro Hero 7 Black pra depois.

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