Governo compra apenas 2% das seringas necessárias para vacinação

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Em um pregão eletrônico realizado nessa terça-feira (29), o Ministério da Saúde conseguiu comprar apenas 7,9 milhões de seringas e agulhas das 331 milhões de unidades previstas inicialmente pelo órgão para a aplicação da vacina contra o novo coronavírus, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo.

O baixo número de unidades adquiridas, que corresponde a 2,4% do total de seringas desejadas pela pasta para iniciar a imunização contra covid-19 no Brasil, teve como causa o preço cobrado pelas empresas participantes do leilão. Os valores ficaram acima do estimado pelas autoridades.

No edital, estava prevista a aquisição de conjuntos de seringas e agulhas de quatro tipos, com o principal critério adotado sendo o menor preço, observadas as exigências técnicas. Em um dos lotes, o valor cobrado pelo fornecedor foi de R$ 0,22 pela unidade, enquanto o Ministério estimava o preço em R$ 0,13. Já em outro, as propostas apresentadas variaram de R$ 0,23 a R$ 0,42, mas o valor de referência era R$ 0,18.

A previsão inicial era de adquirir 331 milhões de seringas.A previsão inicial era de adquirir 331 milhões de seringas.Fonte:  Pixabay 

Agora, as empresas escolhidas para fornecer o material adquirido neste primeiro pregão devem apresentar a documentação técnica para o Departamento de Logística de Saúde, que analisará os papéis antes da assinatura do contrato de entrega.

Novo certame será realizado

Com o fracasso deste leilão, um novo pregão precisará ser realizado pelo governo federal para comprar seringas e agulhas, materiais que normalmente são adquiridos pelos estados e municípios. No entanto, o Ministério da Saúde resolveu assumir a responsabilidade por esses insumos desde o início da pandemia.

A data do novo certame ainda não foi marcada, mas o evento deve ocorrer antes do início da imunização, prevista para começar entre os dias 20 de janeiro e 10 de fevereiro, conforme a pasta.

O governo também aguarda a entrega de 40 milhões de seringas e agulhas disponibilizadas pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que devem chegar em março.

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