Homem é condenado por dar ‘golpe do strike’ em youtubers

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Um norte-americano residente no Nebraska foi condenado a pagar US$ 25 mil (cerca de R$ 104 mil em conversão direta de moeda) e pedir desculpas publicamente por dar um golpe que explora as denúncias de infração de direitos autorais no YouTube. Ele conseguia deixar canais inteiros próximos do banimento na plataforma, pedindo um dinheiro por fora para não acabar com o trabalho de uma série de produtores de conteúdo.

As operações de Christopher Brady exploravam a falta de critério do YouTube e a automação das respostas de direitos autorais, quando uma pessoa ou empresa avisa a plataforma de que um conteúdo seu foi utilizado de forma indevida em um vídeo que é monetizado. Elas foram denunciadas pela primeira vez no início deste ano.

O criminoso chegou a um acordo antes do julgamento, topando pagar o valor sugerido e admitindo a culpa. O YouTube remodelou o sistema de regras de punição em fevereiro de 2019, aumentando a vigilância nos canais penalizados. Em comunicado ao site Arstechnica, um porta-voz do site afirmou que o acordo confirma que há consequências para quem faz usos ilegais do sistema.

Entenda o golpe

Funciona assim: primeiro, Brady denunciava duas vezes os vídeos de um canal, afirmando que ele era dono de trechos da obra — o que era mentira, mas que acabou passando pelo crivo do YouTube. Dessa forma, o youtuber ficava na corda bamba, correndo o risco de ser suspenso e ter o conteúdo apagado.

Em seguida, o criminoso mandava uma mensagem para o youtuber, pedindo entre US$ 150 e US$ 300 para não fazer a terceira e derradeira denúncia. Vários canais de gameplays e histórias de Minecraft foram os principais alvos. Em alguns casos, Brady teria até conseguido o endereço desses criadores de conteúdo para fazer “swatting“, trote perigoso que envolve chamar a polícia para a casa dessas pessoas durante uma transmissão ao vivo com uma denúncia falsa.

O YouTube afirma que não tem provas para confirmar o “swatting”, mas é possível obter o endereço do usuário a partir da resposta contra os strikes de direito autoral. Além disso, apesar de apenas alguns casos terem sido colocados em anexo, Brady confessou que enviou “dezenas de pedidos de remoção”, sem especificar se chegou a ganhar algum dinheiro com a prática.

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