Apesar dos esforços do governo do presidente Donald Trump, a Alemanha não vai deixar a Huawei de fora do leilão da rede 5G no país, de acordo com o chamado catálogo de segurança. As operadoras alemãs, clientes da Huawei, sempre defenderam que vetar a empresa chinesa só teria como resultado atrasar a implantação das redes 5G, e a um custo astronômico.
“Precisamos do 5G rapidamente e o mais barato possível”, disse um alto funcionário do governo à Bloomberg. Além de ser líder do segmento (detém 28% do mercado global, a Huawei oferece preços mais baixos do que os concorrentes – algo que autoridades alemãs disseram levar em consideração.
Segundo o governo americano, a Huawei, trabalhando para o estado chinês, mantém em seus equipamentos “portas dos fundos” que permitiriam ao governo de Pequim espionar outros países. A alegação levou à inclusão da empresa na lista negra do Departamento de Comércio, dificultando as vendas globais da empresa.
Expulsão em caso de espionagem
O catálogo de segurança alemão dita as regras para os fornecedores de redes 5G e para aqueles que administrarão fábricas, escritórios e cidades ditas inteligentes. Estabelece ainda recursos legais para excluir do processos empresas que, comprovadamente, usem seus equipamentos para espionagem ou sabotagem.
Em fevereiro, uma investigação do Escritório Federal de Segurança da Informação (BSI), a autoridade de segurança cibernética da Alemanha, concluiu que não há evidências de que a Huawei possa roubar dados ou que ela tenha feito, a qualquer tempo, algo de errado. Segundo o escritório de segurança alemão, as conversas que o governo teve com os EUA e o Reino Unido sobre possíveis falhas de segurança foram, em última análise, “inconclusivas”.
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