Acostumados a usar o aplicativo da Tesla instalado em seus smartphones como chave para abrir as portas e dar a partida em seus veículos, cerca de 500 clientes da marca ficaram presos fora de seus carros depois que o app simplesmente parou de funcionar na sexta-feira (19). O problema aconteceu por volta das 18h40, horário de Brasília, segundo o site de rastreamento de interrupções DownDetector, e, cinco horas depois, cerca de 60 notificações do erro ainda estavam disponíveis.
Os proprietários de carros da Tesla também foram para as redes sociais reclamar sobre o erro do aplicativo móvel, atribuído a uma queda de energia nos servidores da montadora de veículos. Normalmente muito falante no Twitter, o CEO da empresa, Elon Musk, foi lacônico em sua resposta a um motorista da Coreia do Sul: “Verificando”, tuitou.
A coisa parece não ter sido tão simples, pois Musk só retornou ao microblog cinco horas depois, informando: “Já deve estar online de nova agora. Parece que aumentamos acidentalmente o volume de tráfico na internet”. E, pedindo desculpas a todos, prometeu: “Tomaremos medidas para garantir que isso não aconteça novamente”.
Checking …
— Elon Musk (@elonmusk) November 19, 2021
Usar a chave não é mais natural
Falando neste domingo (21) à BBC, o editor do site The Car Expert, Stuart Masson comentou que, naturalmente, deverá existir um mecanismo secundário para que os motoristas consigam entrar e sair dos carros quando o app estiver com defeito. Mas brinca: “a dificuldade continuará para os motoristas se eles não estiverem com ele [o dispositivo alternativo]”.
Uma das vítimas do apagão do app da Tesla, o professor David Bailey, da Birmingham Business School, afirma que, de certa forma, a fabricante se torna vítima do próprio sucesso, ao incentivar o uso da tecnologia de ponta, quando esta dá errado. Embora usar uma chave física seja possível, “o instinto natural de muitos motoristas da Tesla, que estão comprando um dos modelos de ponta do mercado, é confiar na tecnologia”, conclui o mestre.
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