Level Up traz propostas para combater preconceitos em jogos online no Brasil

A distribuidora de jogos digitais Level Up! Games traz novas propostas para combater racismo em videogames online nacionais no mesmo mês da Brasil Game Show (BGS). A empresa, que surgiu nas Filipinas em 2002, também pretende combater a homofobia e os demais preconceitos, além de incluir mais as mulheres nos games. A coluna Geração Gamer conversou com o gerente de marketing Guilherme Henrique Fiod da Silva Loureiro (33), que nos deu detalhes das iniciativas da Level Up com jogos na internet. Brasil Game Show 2014: saiba o que esperar da feira de jogos em São Paulo Level Up quer diminuir o preconceito com políticas em seus jogos (Foto: Divulgação) Como surgiram as medidas antirracismo? A Level Up lançou no dia 25 de setembro o jogo Smite, com panteões de deuses e estratégias em tempo real. Após anunciar o game exclusivo para o Brasil, a distribuidora decidiu endurecer as políticas antirracismo e preconceitos em nosso país, tentando dificultar a vida de jogadores que forem flagrados cometendo crimes digitais e evitando seu recadastro no sistema. Smite foi o último lançamento da Level Up antes de sua campanha antirracismo (Foto: Divulgação) “As leis brasileiras são complicadas quando a questão é o universo digital e precisamos achar inúmeras provas até poder punir o sujeito, para que, caso haja um processo, nós possamos nos defender”, explicou Guilherme Loureiro. Para o gerente, as agressões ficam ainda mais difíceis de serem provadas no caso do bullying digital. “As punições relacionadas a comportamento inadequado sempre ocorreram na Level Up. Por isso, no caso do Smite, sabíamos que a comunidade tóxica viria a surgir no jogo tomamos medidas para combatê-la, pedindo a ajuda dos jogadores”, completou. Guilherme Loureiro, da Level Up, conta sobre medidas contra o racismo (Foto: Divulgação) A Level Up disse à coluna que os casos de racistas no jogo Smite surgiram de maneira gritante, exigindo uma apuração da distribuidora. E quais são os casos mais comuns? Guilherme Loureiro nos respondeu: “Os casos mais comuns nos nossos games são racismo contra negros e nordestinos”. saiba mais Resident Evil HD Remaster exibe gráficos potentes em dois novos vídeos BGS 2014: Sony divulga os games que estarão disponíveis no estande Digimon All-Star Rumble será ‘parcialmente localizado’, diz diretor da Namco Review: Fifa 15 ganha nota 9,8 do TechTudo; confira Como os jogadores devem reagir aos preconceitos? Fã dos personagens Sephiroth, de Final Fantasy VII, e Jodie, de Beyond: Two Souls, Guilherme gosta de personagens em histórias bem desenvolvidas e sua empresa parece cobrar a mesma coisa em jogos online. O gerente de marketing deu dicas de como os jogadores podem contribuir no combate ao racismo e aos preconceitos nos games. Você pretende ir na Brasil Game Show 2014?  Comente no Fórum do TechTudo. “Denunciem, reportem, gravem, tirem prints e guardem o nick da pessoa. Quanto mais provas, mais fácil será o nosso trabalho. O melhor meio, na realidade, é não existirem apenas ações reativas e sim de conscientização de toda uma comunidade”, disse Guilherme Loureiro. A colaboração dos próprios jogadores pode inibir agressões digitais durante uma atividade que tem o intuito de trazer entretenimento para todos. A empresa também diz que os Game Masters podem ajudar a verificar denúncias feitas por usuários. A Level Up também diz que está preocupada com a causa dos homossexuais e afirma que faz propaganda indo contra esse tipo de preconceito. “Temos jogos onde a comunidade GLBT é muito grande, diminuindo a discriminação. No feriado do Dia dos Namorados, selecionamos um casal gay como um dos nossos casais em destaque do jogo, entre outras ações. Se acontecer qualquer caso de discriminação homossexual, ele será tratado da mesma forma como é no racismo”, completou Guilherme. E a inclusão feminina? Games da Level Up estampam mulheres na capa, também (Foto: Divulgação) A indústria de games é fortemente criticada por seu machismo atualmente. Este é um assunto em pauta, por exemplo, em vídeos no YouTube da série Feminist Frequency, da jornalista Anita Sarkeesian. A Level Up estampa mulheres como protagonistas em alguns de seus jogos e também incentiva times femininos de games online. Time feminino de Combat Arms foi incentivado pela Level Up (Foto Divulgação) “O machismo existe nos games e é uma coisa cultural. Mas não só acreditamos na inclusão feminina como apoiamos jogadoras mulheres como um caso em Combat Arms. Um clã só de meninas em um evento Anime Friends foi desafiado por vários outros grupos. Elas ganharam todas as partidas e nós divulgamos isso”, nos contou Guilherme Loureiro. “Por isso, minha dica é: se você é menina e algum menino disse que você joga mal, treine e dê uma surra nele no jogo”, finalizou o gerente.

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