Lumia 950 XL tem sistema de refrigeração líquida; saiba como funciona


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Os novos Lumia 950  e Lumia 950 XL usam um método interessante para combater o calor gerado pelo funcionamento do celular: com água. Dentro do smartphone, há tubulação e um sistema de condensação que faz com que o líquido refrigere o processador Snapdragon 810 dos dispositivos. Entenda o funcionamento do sistema. Lumia 950 e Lumia 950 XL: cinco coisas que você precisa saber O aumento da temperatura tem efeitos desagradáveis em eletrônicos, como maior consumo de bateria, perda de desempenho e, em casos mais extremos, desligamentos por precaução e segurança – para evitar que componentes, literalmente, derretam –, além de redução da vida útil do aparelho. Lumia 950 XL usa sistema que circula água no interior do celular para manter o processador refrigerado (Foto: Divulgação/Microsoft) A Microsoft escolheu processadores Qualcomm poderosos para os tops de linha. Esses componentes, apesar de ótimos, têm problema com aquecimento em excesso, e, consequentemente, perda de desempenho. O  Lumia 950 XL foi desenvolvido para rodar o Continuum , serviço que faz do celular quase um PC. Dá para imaginar que a Microsoft já previa altas temperaturas para o smartphone. Celulares x calor Dispositivos móveis precisam, obviamente, ser leves e finos para terem maior portabilidade, como, por exemplo, se acomodar facilmente no bolso. O resultado é que os métodos de refrigeração não podem exigir muito espaço.  saiba mais Lumia 950 XL ou Galaxy Note 5? Confira o comparativo de gigantes Lumia 950 XL ou iPhone 6S Plus: qual é o melhor celular ‘gigante’? Os cinco melhores smartphones com Windows Phone à venda no Brasil Com isso, qualquer smartphone atualmente roda versões de baixa voltagem dos processadores ARM (modelo usado por Apple , Samsung , Qualcomm e outras). Pela regra, quanto menor a voltagem, menor o consumo de energia, assim como menor tendência de gerar calor. Contudo, o aumento de temperatura é inevitável. Apesar disso, talvez possam ser contornadas com futuras tecnologias. Lumia 950 tem processador hexa-core, enquanto versão maior chega com octa-core (Foto: Divulgação/Microsoft) Troca de calor A Microsoft resolveu adotar uma forma de refrigeração que usa água para retirar calor do processador. O motivo é simples: a água tem maior capacidade de absorver calor do que o ar, que é, tradicionalmente, usado por outras fabricantes.  Lumia 950 XL: sistema de refrigeração do smart é inovador (Foto: Divulgação/Microsoft) Enquanto isso, computadores poderosos, como os PC para games, carros e máquinas pesadas são exemplos da aplicação da água como substância refrigeradora.  Água dentro do celular é perigoso? O sistema usado da Microsoft previne vazamentos. Basicamente, a água que flui no interior do Lumia 950 e do 950 XL está presa dentro de uma tubulação de cobre, que passa por todo o processador. A solução é a mesma adotada pela Sony Mobile no Xperia Z5 , que deve chegar ao mercado brasileiro nas próximas semanas. Como funciona? O funcionamento do celular já gera bastante quantidade de calor. Quanto mais o usuário exigir do hardware interno, maior será a temperatura, afinal cargas maiores de energia circularão pelas estruturas.  O Lumia 950 XL tem circuito de água feito de cobre. (Foto: Reprodução/Kaption LAB) A solução da empresa para evitar o superaquecimento foi usar “canos de calor”, componentes responsáveis por conduzir a água até o ponto de maior aquecimento. Assim, o líquido entra em contato com o processador Snapdragon aquecido até ferver e virar vapor. Depois disso, esse vapor vai para um condensador, onde é resfriado e volta a ser líquido, para realizar o processo de resfriamento novamente. O sistema lembra o funcionamento dos radiadores usados em carros.  Vale a pena migrar do Android para o Windows Phone?   Comente no Fórum do TechTudo. Condensador misterioso A chave para que tudo dê certo é o condensador. Se ele ele estiver quente demais, não terá sucesso em fazer o vapor virar água, e o processo ficará comprometido. Em aparelhos maiores, condensadores costumam ser acompanhados de estruturas que diminuem o calor, como, por exemplo, ventiladores. Tubulação de calor combinada a um condensador em sistema de PCs monstros. (Foto: Divulgação/Cooler Master) Essas estruturas, no entanto, são incompatíveis com o tamanho de um celular. Para contornar a situação, a Microsoft criou um sistema que afasta o vapor das áreas mais quentes do aparelho. O gás é levado para uma parte fresca do smartphone, onde resfria e volta a ser água.  Apesar de todas as informações, o circuito da fabricante ainda não foi completamente revelado e pode ser mais – ou menos – complexo do que se imagina até então. Técnica conhecida O uso de água em eletrônicos não é inédito. Há alguns anos, computadores montados para jogos usam bombas de água e tubulações para refrescar processadores e placas de vídeo. Surface Pro 4: circuito de cobre conduz a água até o processador e outras estruturas (Foto: Reprodução/Sean_ONG) A própria Microsoft usa o mesmo princípio de circulação nos tablets desde o Surface Pro 3 . A diferença é que o dispositivo conta com mais espaço, e a condensação pode ser feita por ventoinhas.
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