M8 – Quando a Morte Socorre a Vida chegou ao catálogo no final do mês passado e teve uma boa recepção da crítica e dos assinantes do serviço de streaming. O filme tem direção de Jeferson De (Bróder) e discute racismo e o conflito social na cidade do Rio de Janeiro, uma temática que o cinema conhece muito bem.
Abaixo nós apresentamos outros 10 filmes contemporâneos que são parecidos com M8, para quem quer conhecer mais obras que discutem o racismo.
Uma Noite em Miami… (2020)
Dirigido por Regina King, Uma Noite em Miami… narra o encontro fictício entre Muhammad Ali (Eli Goree), Malcolm X (Kingsley Ben-Adir), Sam Cooke (Leslie Odom Jr) e Jim Brown (Aldis Hodge) em 1964. Durante a conversa, eles discutem suas carreiras, o racismo nos Estados Unidos e como podem (e devem) ajudar ou inspirar os negros durante um período crítico do Movimento pelos Direitos Civis. O filme também faz uma reconstrução histórica de como era a vida na década de 1960, além de abordar os obstáculos enfrentados por esses homens por causa de sua raça e crenças.
Eu Não Sou Seu Negro (2016)
Com narração de Samuel L. Jackson e direção de Raoul Peck, o documentário Eu Não Sou Seu Negro é baseado no manuscrito Remember This House de James Baldwin. Além de apresentar diversos aspectos da vida de Baldwin e sua luta contra o racismo nos EUA, ele também aborda as relações raciais no país, discutindo os líderes dos direitos civis assassinados Martin Luther King Jr., Malcolm X e Medgar Evers.
Corra! (2017)
Para os fãs de terror, Corra! é um excelente exemplo de como abordar o racismo, aproveitando os elementos do gênero. O diretor Jordan Peele mostrou como fazer isso, e, ao mesmo tempo, construiu um dos grandes filmes de terror dos últimos anos. Na trama, um jovem negro visita a casa dos pais da namorada e descobre que a cor da sua pele pode custar até mesmo a sua vida.
Infiltrado na Klan (2018)
Se Jordan Peele debate o racismo com o terror, Spike Lee se tornou mestre em fazer isso com o humor. Em Infiltrado na Klan ele conta a história real de Ron Stallworth (John David Washington), um policial negro que se infiltra na Ku Klux Klan. O filme é capaz de ensinar sobre um momento importante da História Negra, vinculá-lo a questões atuais dos Estados Unidos e ainda encontrar ironizar a estupidez do racismo.
Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016)
O primeiro filme da história com um elenco principal composto majoritariamente por negros a vencer o Oscar de Melhor Filme, Moonlight acompanha três momentos na vida de Chiron, um negro homossexual. Começando pela infância, morando com a mãe viciada em drogas, passando pela adolescência e pelas dificuldades na escola e chegando à fase adulta e mostrando as peculiaridades e dificuldades da vida de um negro nos EUA.
Meu Nome é Dolemite (2019)
Eddie Murphy é o protagonista desta cinebiografia que conta a história do comediante Rudy Ray Moore. Muito famoso na década de 1970, o longa mostra a importância do cinema de blaxploitation, tanto para os atores, quanto para a comunidade negra dos EUA. O filme da Netflix fala sobre o impacto que a indústria hollywoodiana sofreu com o movimento, e, em particular, com a produção do longa Dolemite, de 1975.
Se a Rua Beale Falasse (2018)
Novamente uma adaptação de James Baldwin — desta vez do livro homônimo — , Se a Rua Beale Falasse conta a história de Tish (KiKi Layne) e Fonny (Stephan James), um casal do Harlem cujo futuro é destruído quando Fonny é preso por um crime que nunca cometeu. Dirigido por Barry Jenkins (Moonlight ), o filme acompanha o julgamento de Fonny no sistema de justiça criminal, enquanto aborda a realidade de pessoas que são presas por terem nascidas negras.
A 13ª Emenda (2016)
A 13ª Emenda é um documentário da Netflix, com direção de Ava DuVernay, que trás uma visão de como a questão racial e o sistema de justiça interagem com o problema do encarceramento em massa nos Estados Unidos. Por isso ele pode ser visto como um complemento ao Se a Rua Beale Falasse. Ao comparar o sistema penitenciário à escravidão, o filme de DuVernay cutuca uma ferida antiga dos EUA e lança uma luz sobre os sistemas com fins lucrativos que corromperam profundamente os presídios no país.
Ponto Cego (2018)
Acompanhando um negro em seus últimos dias de liberdade condicional, o filme é um bom exemplo de como abordar o racismo misturando drama e comédia, mas sempre respeitando o tema. Sem poder cometer qualquer tipo de crime, pois corre o risco de voltar à cadeia, Collin (Daveed Diggs) se vê constantemente ameaçado de ser incriminado injustamente apenas por ser negro.
O Ódio que Você Semeia (2018)
Baseado no romance homônimo de Angie Thomas, O Ódio que Você Semeia está diretamente relacionado com os recentes acontecimentos que despertaram as manifestações pelos EUA, ao mesmo tempo que o filme enfatiza como as questões de racismo e brutalidade policial não são simplesmente problemas de adultos. O filme conta a história de uma garota negra da periferia, estuda em um colégio particular e predominantemente branco, um paralelo direto com M8.
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