A Competition and Markets Authority (CMA) oficializou nesta terça-feira (30) o relatório fruto da investigação sobre a compra do Giphy pela Meta, então chamada apenas de Facebook. Segundo o principal órgão regulador de mercado no Reino Unido, a empresa de Mark Zuckerberg agora terá que revender a marca adquirida.
A decisão do CMA já era esperada para esta semana, mas ainda é histórica: trata-se de uma reversão inédita de aquisição por receios anticompetitivos.
Em resumo, o órgão teme que a venda poderia fazer com que outras redes sociais que não pertencem ao grupo Meta (Facebook, WhatsApp e Instagram) pudessem perder acesso aos GIFs da plataforma ou terem o uso limitado somente ao enviar mais dados, o que só fortaleceria ainda mais a companhia.
Além disso, o CMA detectou que a Meta encerrou um serviço de exibição de publicidade no Giphy logo após a compra, sendo que esse era um recurso que estava crescendo e poderia concorrer até mesmo com o Facebook — no que foi visto como a remoção de um competidor em potencial que poderia melhorar o mercado de anúncios.
E agora?
A decisão do CMA é que a Meta “venda o Giphy em sua totalidade”, ou seja, sem manter divisões ou porcentagens. Quando foi oficializada, em maio de 2020, a aquisição envolveu US$ 400 milhões. Vale lembrar que a empresa até já foi multada pelo mesmo órgão anteriormente por não colaborar com as investigações.
A partir de agora, a companhia vai estudar as opções restantes, incluindo apelar contra o resultado.
O que diz a Meta?
Em um comunicado enviado ao site The Verge, a Meta defende que o Giphy só tem a ganhar com a infraestrutura e os recursos da empresa, o que permitiria a sua expansão para mais pessoas, negócios e desenvolvedores.
“Enviaram uma mensagem arrepiante para empreendedores de startups: não construa novas companhias, ou você não será capaz de vendê-las”, afirma o porta-voz.
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